Dessa vez fomos para o Vietnã, Camboja, Tailândia, Indonésia e Singapura.
Depois de tantas expectativas, com a sensação de um sonho realizado, a viagem chegou ao fim.
Foram dias maravilhosos ao lado de um grupo igualmente maravilhoso.
O que falar depois que tudo passa?
Como eu disse em algum lugar, deixar para publicar na volta faz com que muitas emoções se percam. Apesar disso, ao rever o que fizemos e o que vimos, foi como assistir de novo a um filme que muito agradou da primeira vez.
A palavra nesse momento não poderia ser outra: Saudade!
Que sensação gostosa! É uma saudade de quero mais. É uma saudade de momentos vividos em sua plenitude porque aproveitei muito, curti os lugares e fiz tudo que estava ao meu alcance para viver os dias da melhor forma possível.
Não posso falar pelo grupo porque cada um viveu o seu momento. O meu foi ótimo! No entanto, os registros mostram que todos estavam na mesma sintonia, aproveitando bastante, também.
Obrigada pelo carinho e pela companhia Huang, Tony, Thera, Sílvia, Kátia, Flávio, Mariane. Sônia, Braga, Solange, Shirley, Vani, Regina, Luiz, Márcia, Ami, Michico, Janet e Gilka.
Obrigada Lao (Hanói), Ha (Camboja), Pam (Bangkok), Lolo (Bali) e Wang (Singapura), nossos guias locais.
Agradeço, também, a todos que nos receberam e programaram tudo (e aí Huang e Tony também entram) para que nossas férias fossem completas.
E, de forma especial, meu agradecimento a Deus por mais essa oportunidade.
O que se pode dizer depois de 5 dias no norte do Vietnã?
Valeu visitar essa parte do país, ainda que sem os encantos do Vietnã que a gente espera de um país que viveu momentos difíceis, acompanhados por muitos de nós. O norte ficou fora da história vivida pelo povo do sul, onde tudo aconteceu.
Hanói é uma cidade interessante. Suas 36 ruas sinuosas e caóticas, tomadas por motos e onde se vende de tudo, representam o Old Quarter (Khu phố cổ Hà Nội), o centro nervoso de Hanói. É lá que se concentram bares, cafés em profusão, comércio em geral etc. O Lago Hoan Kiem, além de ser um dos locais mais agradáveis da cidade, é um ponto de referência para não se perder porque as ruas ao redor são um verdadeiro labirinto.
Fazer um cruzeiro pela baia de Ha Long, conhecer a Vila dos Pescadores e arredores compensaram a viagem.
A comida é ótima, o povo receptivo, a massagem deixou saudade e o idioma não foi barreira para a comunicação.
Os cinco dias passados no Vietnã valeram porque vimos coisas que não estão nos livros e que nos atraíram. A cada momento um detalhe chamava a nossa atenção para algo diferente.
Por exemplo: cortinas roxas do lado de fora, na janela de todas as casas. Na outra cidade, azul era a cor. De comum mesmo, entre todos os lugares, foram os cemitérios de um ou mais túmulos no meio dos arrozais, que estão por toda parte.
Para garantir a autenticidade da água que bebemos, ela vinha lacrada e a marca dominante por onde passamos é La Vie. Muitas motos circulam na cidade e são, visivelmente, em número maior do que carros.
As mulheres usam proteção quase total e os homens nem tanto. Vimos pouquíssimas motos típicas do país, aquelas que carregam tudo e mais um pouco.
Quase nenhum exagero por lá. Nessa época do ano, junho, lichia, manga, melancia, mangostim e pitaya se destacaram como as melhores frutas.
Nosso guia, Lao, foi muito atencioso e cumpriu o programa estabelecido. Ele nos mostrou o que Hanói tem de melhor e cuidou para que tivéssemos uma visão geral do Vietnã quando, nos intervalos entre um lugar e outro, nos contava as histórias do povo, seus costumes, experiências pós-guerra e a vida como é hoje. Foi bom, muito bom!
Adorei ter ido, mas saí de lá com a sensação de que não vi muita coisa que gostaria de ter visto, coisas que estavam no sul do país. Da próxima vez? Quem sabe…..
Camboja
Para mim, Camboja significava uma passagem entre o Vietnã e a Tailândia. Fui sem nenhuma expectativa e me surpreendi.
O que vi, os sabores que provei e os cheiros que senti me cativaram. Camboja é uma delícia. Nem foi preciso fazer troca de moeda. O dólar é aceito em qualquer lugar, sem o menor problema. Amei!
Em quatro dias, conhecemos parte da sua história, conhecemos um povo amável, que trata o turista com carinho, com cuidado. Eles são muito pobres e não possuem uma política salarial definida. Estão lutando por um salário mínimo de 250 dólares e médicos almejam salário de $350.
Camboja é um Estado soberano, localizado na porção sul da península da Indochina, no Sudeste Asiático.
Embora não seja a Capital (Phnom Penh), Siem Reap é o destino de quase todos os turistas e a rede hoteleira é vasta e excelente. Ainda assim, muitos lugares não possuem calçadas e a energia não é constante, tanto é que nos foi recomendado levar lanternas.
Ha, nosso guia, iniciou seus trabalhos nos levando a uma cerimônia budista para que fôssemos abençoados pelos monges e aprendêssemos um pouco sobre os ensinamentos e preceitos religiosos budistas.
Depois nos mostrou o que o Camboja possui de melhor. Foi surpreendente! Seu profissionalismo nos ajudou a conhecer cada ponto de maior interesse e da cultura local, porque soube aproveitar muito bem o tempo em que lá estivemos.
Sua estratégia de nos tirar da cama bem cedo nos ajudou a conhecer os lugares com mais conforto por ser um horário mais fresco. No período da tarde, quando o calor já estava se tornando mais intenso, estávamos de volta ao hotel para aproveitarmos o resto do dia da maneira que desejávamos. Além disso, evitávamos nos expor à chuva que insistia em cair depois das 15h.
Missão cumprida, deixava à nossa escolha a massagem, o hotel e a cidade de Siem Reap, lugares que foram bem aproveitados.
Saí de lá satisfeita com o que vi e com a sensação de quero mais, de tão bom que foi.
Tailândia
Ficamos pouco tempo em Bangkok. Tempo insuficiente para uma cidade tão grande e com um trânsito muito pesado.
Eu imaginava uma cidade como a que vemos nas revistas. Decepcionou um pouco. Pode ser bobagem mas, para mim, Bangkok parece um misto de Amsterdã com Veneza, sem os encantos de ambas.
Como nosso tempo foi muito bem aproveitado, até que fizemos muitas coisas e conhecer o Templo do Buda de Jade, o Mercado flutuante e a massagem tailandesa já garantiram o quesito “valeu a viagem”.
Os shows que nos foram oferecidos, a visita à fábrica de açúcar de coco e o excelente hotel completaram esses dois dias.
Pam foi nossa guia na Tailândia. Um amor de pessoa, que tinha uma dificuldade imensa com a língua. Pensava estar se comunicando, mas não se fazia entender muito bem. Ainda assim, para nossa sorte e a dela, também, conseguimos aproveitar.
Como o trânsito congestionado de Bangkok roubou parte do pouco tempo que tínhamos na cidade, nossa programação se adequou a ele e Pam teve pouco trabalho, porque economizou nas palavras. Nosso ouvido agradeceu e não nos decepcionamos com sua performance.
Apesar de fazer uma ideia completamente diferente do que vi, gostei de ter ido. Confesso que esperava mais, pelo que dizem aqueles que por lá passaram. Acho até que precisaria ter ficado mais tempo para sentir a cidade, mas o que fizemos foi de bom tamanho.
Bali
A magia de Bali parece contaminar quem por lá passa. Foi assim na primeira vez em que estive e dessa vez não foi diferente.
Conheci outro lado de Bali, o que só fez aumentar aquela sensação gostosa de que é um lugar que vale a pena ir… seja pelos seus encantos, seja pela religiosidade que impera, seja por aquele povo cativante, seja pela comida… Estar lá é bom.
Lolo foi nosso guia. Sua religiosidade somou-se à magia do lugar e aí pudemos viver um pouco da vida local.
O tempo dedicado ao deslocamento entre uma atração e outra foi preenchido por relatos de usos e costumes balineses. Ainda que de forma virtual, vivemos intensamente esses conhecimentos porque sua convicção não deixava margem para dúvidas.
Como a magia de Bali não se esgota, ele soube explorar muito bem os pontos visitados, complementando o visual com suas informações.
Assusta quando conhecemos um pouco da cultura e das crenças do povo. Para eles, a magia negra, os invisíveis, a vida passada, a presente e a futura norteiam suas ações e eles respiram intensamente essa crença.
Se é bom ou ruim, não nos cabe julgar. Muitos, que estão de fora, se sentem envolvidos e gostam, como foi o meu caso nessas duas vezes. Não sei se seria um lugar de opção para morar. Para voltar, com certeza.
Singapura
Já conhecia e, ao visitar pela segunda vez, conheci um pouco mais. A imagem de Singapura foi tomando forma e se completando. Que linda! Apesar de ser extremamente cara, o que ela oferece de melhor é de graça ou custa pouco. Seu visual é belíssimo.
Wang, nossa guia, teve pouco trabalho. A cidade fala por si e a excelente escolha dos lugares visitados completou nossa visão da cidade. Só não foi melhor porque sua escolha gastronômica, por duas vezes, deixou a desejar.
Assistimos a dois shows. O primeiro, das águas dançantes, gratuito, foi contagiante. Ao som de What a wonderful world, presenciamos um espetáculo maravilhoso proporcionado pelo poder da tecnologia e pela criatividade do homem.
Por muito pouco, também assistimos, num lugar deslumbrante, idealizado e construído pelo homem, a outro show ao som de We are the world, que fechou com chave de ouro nosso passeio do dia e a nossa estadia na cidade.
O show de encerramento no Gardens By The Bay, sob a luz das estrelas e das luzes artificiais, nos deu a sensação de que valeu cada centavo investido nesse passeio maravilhoso.
Com a parada gay chegando à Avenida Ipiranga, o jeito foi ir para o aeroporto mais cedo.
Por esse mesmo motivo, foi necessário garantir o banho e o descanso no Fast Sleep do aeroporto de Guarulhos (R$159,30 – 3h de permanência) – http://www.fastsleep.com.br/pt-br/, para renovar as energias necessárias às muitas horas de viagem até Hanói, Vietnã, nossa primeira parada.
Vamos aos cálculos: de São Paulo a Doha 14h30 de viagem. Em Doha foram 3h antes do próximo voo até Hanói, mais 9h30. Tudo isso somado às 9h45 que fiquei no aeroporto de São Paulo – total = 36h.
A economia poderia ser de 6h se a chegada ao aeroporto de SP fosse mais tarde. De qualquer forma, 30 horas são muiiiitas horas. Vale a pena? Claro que vale!
Dados – Companhia aérea – Qatar Airways
Horário de saída 2h45 do dia 08 de junho de 2015.
São Paulo – Doha – 14h30
Doha – Hanoi – 9h30
A Huang se juntou a mim no hotel e dormiu enquanto eu lia. Ela estava muito cansada e teve 2 horas para se recuperar.
Por volta das 22h, aos poucos nos juntamos e começamos a nos conhecer. Nosso grupo tinha 20 pessoas de diversos lugares do país.
O embarque começou já no dia 08/06, às 2h05. Decolamos às 2h45.
E assim começou o processo de virada no fuso porque, quando chegamos, o dia foi trocado pela noite. O truque de uma viagem tão longa é ficarmos cansados de tal forma que, ao chegarmos, o corpo pede cama.
Na chegada, a hora local é sempre o finzinho da tarde ou inicio da noite. Hora de dormir. Com isso, o corpo começa a se acostumar. É maluco, mas é fato.
Às 3h30 foi servido o jantar e as opções foram frango com arroz, nhoque gratinado ou carne com batatas. O nhoque estava bom. Como acompanhamento, tinha salada de feijão (por motivos óbvios, péssima escolha servir feijão num voo tão longo), queijo, manteiga, pão, doce, chocolate e bebidas.
Se não fosse tão tarde até que um whisky seria uma boa pedida. Rsrsrs. Fiquei com fanta.
Às 4h30, finalmente, as luzes foram apagadas para podermos dormir.
Durante o trajeto, os comissários passaram várias vezes servindo suco, água, café, sanduíche e frutas, sempre com as luzes apagadas e janelas fechadas.
Uns dormiram, outros assistiram a filmes, leram ou conversaram e tem gente que fez de tudo, como foi o meu caso, porque fui registrando o que se passava para depois colocar aqui.
Por incrível que pareça, os banheiros continuaram limpos depois de muitas horas de voo, fato que constatei pela primeira vez durante uma viagem.
O voo seguiu tranquilo e, quando faltavam 3h20 para chegarmos a Doha, foi servida a última refeição.
Às 22h desembarcamos em Doha só com a bagagem de mão e ficamos 3 horas passeando no Free shop, igual a quase todos, sem muitas novidades. A diferença ficou por conta dos artigos da culinária local. Doces, tâmaras e pistaches encheram nossos olhos.
O Wifi do aeroporto funcionou e aproveitamos para mandar mensagens.
No início do dia 09/06, 1h15 da manhã, pegamos o voo para Hanói, com escala em Bangkok. Mais de 9h30 de viagem. Que longe!
O cansaço começou a tomar conta de todos e a animação deu uma pausa, o que era de se esperar. Até Bangkok foi servido um lanche (uma panqueca salgada e um doce). Ainda bem que a Sílvia (minha amiga e vizinha de assento) tinha pedido Low Fat refeição e trocou comigo, porque o meu estava horrível. Comi um pedacinho de pão com pepino, tomate e azeitona, roubada do acompanhamento (refogado de pimentão), que ficou com a Sílvia.
Pousamos às 11h45 em Bangkok e ficamos cerca de 1h45 no avião esperando para seguirmos viagem. Nesse meio tempo entrou o pessoal da limpeza.
Muito interessante ver a atividade deles. Cada um faz uma coisa. Em pouquíssimo tempo o avião ficou pronto para a nova etapa da viagem.
Logo chegaram os passageiros que embarcaram em Bangkok e, avião lotado, seguimos viagem.
Luzes apagadas novamente às 3h da manhã, mais um filme, mais um soninho e lá fomos nós.
Faltando 2h para chegarmos, começou a movimentação para a última refeição.
Avançamos mais 4 horas no fuso e almoçamos com as galinhas (10h da manhã). A escolha não poderia ter sido outra “Chicken”.
O meu (empanada de frango com cogumelos e um bolinho de coco) foi melhor do que o da Sílvia, que era fat free. Free de tudo, inclusive de sal. Almoço servido, preparativos finais e chegamos a Hanói.
Fomos brindados com o mais típico fenômeno da natureza naquele período, uma Monção. Se Marítima ou Continental, não sei dizer. Só sei que a tempestade se formou e se dissipou tão rapidamente que, não fossem os estragos deixados, pensaríamos ter tido um sonho.
Pousamos às 14h51, horário local, 10h à frente do horário brasileiro.
Cruzes, para entendermos o fuso, só olhando o mapa de bordo. Nunca se sabe se o que vem como refeição é café da manhã, almoço ou jantar.
Enfim em solo, antes de começarmos nossas férias, agradecemos a Deus pela oportunidade e por termos feito uma excelente viagem. Apesar de cansados, estávamos bem.
Achávamos que seria hora de relaxar para aproveitarmos ao máximo nosso merecido descanso!
Não foi bem assim. Ainda tivemos que enfrentar os procedimentos burocráticos da imigração e troca de moedas. Depois ficamos esperando passar a tormenta com que fomos brindados. Sabe aquele vento arrasador que começa do nada, seguido de uma chuva torrencial que leva o que vem pela frente? Pois bem, os vasos do aeroporto não sobreviveram. Depois de 10 minutos a chuva passou e todos estavam quebrados. Acho que era o que eles chamam de monção. Para nossa sorte, tivemos a chance de ver esse fenômeno da natureza quando estávamos em terra, protegidos, dentro do aeroporto.
Enquanto esperávamos, aproveitamos para termos uma referência da moeda local. Um sanduíche custa 50.000 dongs. Quase todos trocaram 100 dólares e recebemos 2,156,900 dongs. Muitos zeros para pouco dinheiro.
Depois de descansarmos um pouco, jantamos no próprio hotel. Ninguém se aventurou a sair porque o corpo não estava resistindo. Fizemos apenas uns registros antes de cairmos num sono profundo.
Às 8h30 saímos do hotel para visitar a cidade. Tivemos um dia tranquilo. No início, o guia nos contou um pouco sobre a história do Vietnã, a divisão do país em três regiões, uma delas chamada de Cochinchina. Foi aí que entendemos a expressão “Pra lá da Cochinchina”. Cochinchina fica lá. Faz jus à expressão, principalmente para quem mora na América.
Segundo ele, Nguyen Sinh Cungfoi – nome de batismo e Ho Chi Minh – apelido – foi o primeiro presidente do Vietnã. Ele governou por 40 anos. Vimos Ho CHI Minh embalsamado no mausoléu construído para ele – http://www.baotanghochiminh.vn/tabid/528/default.aspx.
Mais do que um mausoléu, o que vimos foi o respeito aos costumes e a preservação da tradição. Isso não se lê nos livros. A vibração do local foi sentida por nós.
Para entrar, é preciso se cobrir e não pode falar nem tirar foto no local. Respeito necessário ao homem que veneram. Durante todo o percurso, os guardas cuidam para que ninguém burle as regras.
Depois conhecemos a casa que foi de Ho Chi Minh. Um lugar pequeno, simples. Segundo o guia, por ser solteiro, não precisava de muito espaço.
Andar de triciclo à tarde, apesar do calor, foi muito interessante porque passamos pelas tradicionais ruas da década de 50.
Por fim, fomos assistir ao show de marionetes no Tang Long Water Puppetry Theatre – http://www.thanglongwaterpuppet.org/?/en/Home/ . Não diria que é um programa imperdível, mas foi muito bom porque estávamos no escurinho, com ar condicionado. Lá fora, a temperatura passava de 30º.
Acho que não teve quem não dormiu. Também pudera! Depois de tantas horas de viagem, ainda com o fuso atrapalhado, o corpo entendeu que era hora de dormir. E assim fizemos.
O show? Teve quem disse que gostou. Nesse dia, experimentamos a verdadeira culinária local. O almoço foi ótimo e o jantar, no hotel, muito bom.
Esse foi o aniversário mais longo que tive e foi muito bem comemorado. Teve parabéns pessoais e virtuais e terminou no meu quarto, com um bolo ofertado pelo hotel, com direito a flores, cartão e velas. Adorei!
Bem, depois de tudo isso, dormir foi a melhor pedida do dia.
Saímos do hotel às 8h30. O passeio começou com uma visita à primeira universidade do Vietnã, o Templo da Literatura, construído em 1070, que funcionou como tal por 700 anos ensinando a doutrina de Confúcio. É o mais antigo e um dos mais bonitos de Hanói. De arquitetura chinesa, serve como hall de entrada para a Universidade Nacional. É formado por cinco pátios separados por muros, com portões ornamentados.
Olhando a fachada do prédio, vimos três espaços livres. Segundo o guia, entra-se pelo vão central, que significa equilíbrio e responsabilidade. Os dois laterais servem para a saída, que significam sabedoria e conhecimento.
Nele, vimos um show de caligrafia, que faz parte da tradicional cultura vietnamita.
Em seguida, a visita foi ao Templo Taoísta Quan Thanh – http://www.hanoitoursvietnam.com/Hanoi-Tourist-Sites/quan-thanh-temple.html – que data do Século XI e é considerado um dos quatro templos sagrados de Hanói porque, como dizem, protege a cidade dos espíritos ruins. Dentro do templo há uma estátua de Tran Vu, uma importante entidade do taoismo, feita de bronze preto, com quase 4 metros de altura e 4 toneladas de peso.
Também visitamos a Tran Quoc Pagoda – http://www.hanoitoursvietnam.com/Hanoi-Tourist-Sites/tran-quoc-pagoda.html , um dos mais importantes e antigos templos budistas de Hanói. Fica entre dois lagos, o Lago Oeste e o Lago Truc Bach, e possui uma estrutura em 11 níveis. Cada andar tem 6 portas com uma estátua em cada uma. Ele começou a ser construído em 541 e foi terminado em 545, sob o reinado de King Ly Nam De (544-548).
A proposta para o Museu de Etnologia do Vietnã foi aprovada oficialmente em 14 de dezembro de 1987. Em 12 de novembro de 1997, ele foi aberto oficialmente ao público.
Logo na entrada há um painel com a inscrição “O Vietnã, histórico e períodos culturais”. Períodos históricos do país são apresentados, bem como informações sobre a integração de etnias, culturas e civilizações do Vietnã.
Cinco painéis mostram retratos de indivíduos dentro de cada um dos 54 grupos étnicos reconhecidos e classificados de acordo com cinco famílias de línguas étnicas: Austro-asiáticas, Austronesian, Hmong-Yao, Thai-Kadai e Sino-Tibetana.
No lado externo, casas doadas por moradores ilustram o que vimos dentro e estátuas simbolizando a fertilidade dos antepassados deram o toque divertido ao passeio.
A comprinha do dia foi numa fábrica de laca. Primeiro conhecemos todo o processo de fabricação e depois fomos conhecer o resultado do trabalho minucioso daqueles artesãos.
O almoço foi no restaurante Ly Club de Hanói – http://www.lyclub.vn/switchpage/index.html . Uma comida muito boa. Aliás, a comida vietnamita é uma delícia. O visual é parecido, mas há algo no tempero que a diferencia da nossa culinária.
Comemos um arroz e um frango que tinham um sabor refrescante, perfumado. Algo não identificado. Adorei muito mais porque pedi sem cebola e fui atendida. Ponto para eles.
Depois do almoço, o passeio era conhecer um café. Há muitos em Hanói. Assim como o colombiano e o brasileiro, o café vietnamita é um dos mais famosos do mundo. As ruas são tomadas por cafeterias, das mais chiques e americanizadas às mais simples e originais, sempre lotadas de moradores locais, que apreciam a bebida. Apesar de o objetivo ser tomar café e “jogar conversa fora”, sem pressa, as mais originais possuem “miniaturas” de cadeiras e mesas, nada cômodas para ficar mais do que 5 minutos.
Nessa hora, parte do grupo se dispersou e preferiu fazer massagem. Fiz parte dele e não me arrependi.
Por 15 dólares, ganhamos uma maravilhosa massagem de corpo inteiro que só não durou uma hora porque não tínhamos esse tempo. Foi uma delicia! Massagem vietnamita é relaxante.
Depois disso, voltar para o hotel, tomar um banho e jantar foi ótimo.
Como era aniversario da Mariane, outra participante do grupo, teve nova comemoração. O bolo foi servido para o grupo e comemoramos o aniversário dela, o da Katia, que também seria durante a viagem, e novamente o meu.
Muito bom! Depois fomos arrumar as malas para a próxima etapa da viagem.
Por volta das 11h30, chegamos a um lugar muito interessante no interior.
Como a proposta era almoçar numa casa local, um pouco distante dali, a turma se dividiu. Alguns se aventuraram de bicicleta e outros foram a pé, como eu, que não tive infância e não sei andar de bicicleta.
O almoço foi servido ao ar livre. Como sempre, a comida estava muito boa, especialmente para mim, que novamente fui atendida quando pedi sem cebola.
Tam Coc está localizado cerca de 90 km da cidade de Ninh Binh e é considerado um dos mais espetaculares locais de interesse do Vietnã. Tam Coc significa “três cavernas” – Caverna Ca (a primeira, maior), Caverna Giua (a segunda) e Caverna Cuoi (a menor). Uma visita a Tam Coc consiste, basicamente, num passeio de barco ao longo das torções e voltas do Rio Ngo Dong, começando na aldeia de Van Long e prosseguindo por meio de uma paisagem dominada por campos de arroz e montanhas de karst.
Homens e mulheres remavam os barcos com as pernas. Eles carregavam lanternas para que, dentro das grutas, víssemos milhares de morcegos que existem ali (que medo!). Só que eles ficaram quietinhos, para nossa sorte. Eu e a Silvia curtimos o visual e aproveitamos o tempo para cantar. A Silvia canta muito bem e eu acompanho no lá, lá, lá, a maior parte das vezes.
Na volta, paramos 15 minutos para comprinhas e depois de 1 hora chegamos ao Emeralda Resort – http://www.emeraldaresort.com/ – que fica na reserva de Van Long. Um lugar lindo. Pena que foi só de passagem, por uma noite. Não deu para curtir as piscinas, o spa nem a beleza do lugar. Internet free só no lobby e no restaurante. Nenhum sinal nos quartos. Como o caminho até eles era quase um labirinto, pouco aproveitamos. Fomos dormir logo após o jantar, servido no próprio hotel.
Dormir cedo tem vantagens e desvantagens. Para mim e para muitos, o reflexo foi uma noite entrecortada entre dormir e acordar.
Logo depois do café da manhã saímos com destino à baia de Halong, para o cruzeiro de uma noite. Uma viagem de 4 horas.
Durante o percurso, a música rolou solta. Silvia e Katia comandaram o show que contou com a participação do guia Lao, cantando em vietnamita, da Michiko e do Ami, que cantaram em japonês, e da Huang, que cantou em chinês. Os demais cantaram com a dupla, fizeram coro ou dormiram.
Eu não sabia se participava da folia ou escrevia o blog. Fiz um pouco de cada coisa. No caminho, paramos para conhecer o cultivo de ostras e a fabricação de colares, brincos etc.
Quando chegamos à baia de Halong, um barquinho nos levou até o Indochina Sails – http://www.indochinasails.com/ , um navio especialmente reservado para nós.
Fomos recebidos com um drink feito com gengibre, nos acomodamos nos quartos e depois almoçamos.
Por volta das 16h fizemos um passeio de caiaque pela baía de Halong e conhecemos a Vila dos Pescadores. O visual da baía é belíssimo. Difícil traduzir em palavras o que vimos.
Uma hora depois estávamos de volta e nos preparamos para as outras atividades – Happy hour às 18h – curso de carving às 18h30 e jantar às 19h30.
O curso foi uma demonstração de esculturas feitas em frutas e verduras com facas.
O happy hour foi um “conto do vigário”. Até o soft drink oferecido como free foi cobrado e o amendoim… uma amostra, para quem ganhou. O buffet de frutos do mar servido no jantar estava muito bom.
Depois dele, como chovia, muitos foram para o quarto enquanto queimávamos as calorias do jantar, porque o Tony nos brindou com uma sessão de dança e o forró animou alguns da turma.
A internet do navio era propaganda enganosa. Estávamos conectados, mas não conseguíamos navegar.
As atividades começaram cedo. Às 6h30 tomamos um breve café. Depois a Sonia nos ensinou a fazer massagem, tivemos uma aula de Taichi e em seguida saímos para visitar a ilha Ti Top – http://www.halongbay.info/attraction/ti-top-island.html .
A subida até o topo da montanha, com seus 485 degraus, garantiu uma vista espetacular da baía de Halong, fotos belíssimas e a certeza de que estávamos queimando um pouco das muitas calorias ingeridas nos últimos dias.
Antes de voltarmos, alguns se aventuraram a entrar na água, apesar das muitas recomendações do guia sobre a possibilidade de haver merluza. Ninguém teve problema.
De volta ao navio, tomamos banho, entregamos nossa bagagem e fomos para o café da manhã. Às 10h, já em terra firme, fomos de ônibus para o aeroporto de Hanói, para pegarmos um voo que nos levaria a Siem Reap, Camboja.
Mais uma parada no caminho, numa fábrica de joias, para gastarmos nossos últimos dongs e, claro, alguns dólares também, já que, por se tratar de um lugar para turistas, nada era muito barato. Não compramos nada, mas ganhamos anéis, brindes da casa.
Perto das 16h chegamos ao aeroporto de Hanói. Ajeitamos as malas, fizemos check-in e entramos para o embarque. Nosso voo, programado para as 17h50, atrasou uma hora.
Decolamos às 18h30 pela Vietnam Airlines, com destino a Siem Reap, Camboja.