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Férias 2018 – 09 de abril – Minami Awaji – Takamatsu

09-04-2018 – segunda-feira

Depois de um razoável café da manhã, saímos do Minamiawaji Royal Hotel às 9h.

Nossa primeira parada foi em Naruto, na província de Tokushima. A cidade é conhecida pelos seus redemoinhos.

O Estreito de Naruto tem cerca de 1,3 quilômetros de largura. Ele é bem estreito e suas correntes são rápidas. O mar agitado surpreende com vários redemoinhos grandes e pequenos. Alguns chegam a ter dez metros de diâmetro e, desde os tempos remotos, o Estreito de Naruto é visto como um desafio para os navegantes.

Esse fenômeno chama-se Naruto e ocorre embaixo da Ponte de Ohnarutohttps://www.japan-guide.com/e/e7852.html

Todos os anos é realizado o “Uzubiraki”, um evento que marca o início da primavera, em março, no Japão, quando surgem os grandes redemoinhos – http://mundo-nipo.com/variedades/25/02/2017/comeca-temporada-de-redemoinhos-no-estreito-de-naruto/ .

Como Naruto ocorre de acordo com a velocidade da água, não é sempre que pode ser visto na sua forma mais plena. Nós fomos no período da manhã e, apesar de estarmos na primavera, pouco vimos. Uma tabuleta indicava que o melhor horário de visão do Naruto naquele dia seria por volta das 13h. Valeu o passeio, mas o Naruto…. só em fotos mesmo.

De lá fomos para Tokushima conhecer a famosa dança Awa Odori.

No horário previsto, chegamos ao Awa Odori Hall (Awa Odori Kaikan) – https://awaodori-kaikan.jp/ , https://www.jnto.go.jp/eng/spot/tradiart/awaodori-kaikan-hall.html , um museu que fica em Tokushima, onde os visitantes podem assistir e aprender a famosa dança Awa Odori – https://www.tokyoweekender.com/2017/08/awa-odori-the-story-behind-japans-biggest-dance-festival/ . O grupo Awa No Kaze dança para os visitantes que, no final, são convidados a aprender os passos da dança.

Satiko, uma das dançarinas, foi minha personal. Kingiro e Kátia foram eleitos os melhores dançarinos do grupo e convidados a dançar com eles, além de passarem por uma entrevista sobre a origem de cada um. Kingiro se saiu bem na comunicação, ambos dançaram a contento com o grupo e todos se divertiram.

Segundo a letra de suas músicas “É um tolo que dança e um tolo que assiste! Se ambos são tolos, você também pode se divertir dançando!” Assim fizemos!

 

Na saída, passamos por uma loja de produtos diversos e de souvenir de TokushimaArudeyo Tukushima. Alguns objetos à venda eram bonitos e caros. Uma echarpe, por exemplo, custava cerca de 130 dólares. Muito cara para souvenir, na minha opinião. Também havia muita coisa para comer com uma carinha de ser gostosa mas…. o que será que estavam vendendo??? Não sei. Apesar de já estar com fome, por ser hora do almoço, não quis arriscar a compra no escuro porque não dava para entender quase nada.

 

Foi nossa parada para almoçar – Obokekyo Mannaka Restauranthttp://www.mannaka.co.jp/restaurant/local/food.html , um lugar interessante, perto da Oboke station, onde tudo se refere a monstros e Oboke seria o grande monstro. Até o prato que foi servido tinha a sua carinha. Ele fica às margens do rio Yoshino que, segundo a lenda, antes de ser represado, foi muito profundo e muitos navios afundavam por causa de um monstro que surgia das águas.

Hoje, Yoshino é um rio normalmente calmo, exceto quando há tufões ou outras condições climáticas adversas que podem elevar as águas cerca de 6 metros.

Depois do almoço, fizemos o Cruzeiro Oboke – Oboke Cruisehttps://www.japan-guide.com/e/e7831.htmlhttps://www.youtube.com/watch?v=I_WzCAaWtfs

Nosso passeio foi tranquilo e, monstros à parte, divertido. Admiramos aquelas formações rochosas e em nenhum momento sentimos qualquer espécie de medo. De monstro, mesmo, só o vimos representado na comida bonitinha mas… ordinária. Houve quem se fartou porque, além de muito bem decorada, estava uma delícia…. para quem é fã de comida japonesa.

De lá fomos para Takamatsuhttps://www.japan-guide.com/e/e5400.html e nos hospedamos no Clement Takamatsu Hotelhttps://www.jrclement.co.jp/takamatsu/en/ . Excelente hotel, perto do Pier, Estação de trem, comércio etc. Para nós, foi apenas um lugar de descanso. Aproveitamos alguns minutos livres para uma corrida até o supermercado para comprar temperos e queijo.

Nosso jantar foi no Café & Restaurant Venthttp://www-a.global.hankyu-hotel.com/clement-takamatsu/restaurant_info/caferestaurantvent , sistema de buffet, no próprio hotel. Geralmente buffet agrada a todos. Sempre há algo para satisfazer os mais exigentes ou mais enjoados, como é o meu caso. Só que ele parece ter agradado mesmo. Gostei!

Depois do jantar fomos dar uma volta a pé. Valeu para andarmos um pouco, mas não vimos nada nem ninguém. Estava frio e sem vento.

Nada a fazer….voltamos para o hotel. Banho e cama!

Férias 2018 – 10 de abril – Takamatsu – Matsuyama

10-04-2018 – terça-feira 

 Como de costume, morning call às 7h e saída às 9h. Deixamos Takamatsu e fomos em direção a Matsuyama.

No caminho, paramos no Kotohira-gu Templehttps://www.japan-guide.com/e/e5451.htmlhttp://www.konpira.or.jp/ . Localizado na lateral do Monte Kotohira, ele é carinhosamente chamado de “Sanuki-no Konpira-san”. A principal divindade é “Omononushi-no-Kami“, venerada em todo o país como a padroeira de colheitas abundantes, prosperidade industrial e cultural, paz da nação, entre outros.

Segundo a lenda, é preciso subir até ele pelo menos uma vez na vida. São mais de 700 degraus para se chegar ao topo e, quem chega, é porque tem fé e quem tem fé consegue o que quer.

No caminho, vimos dois cavalos. Um estava no estábulo e o outro fazia exercícios. Segundo o guia, eles servem aos Deuses e cuidam do entorno do Templo.

Vimos, também, muitas lojinhas, mas é no topo que se encontra a principal delas. Quem chega, compra o Patuá da sorte. Há Patuá para quem vai e para quem vai em nome de quem não pode ir. Quem não pode ir, pede para alguém levar um cachorro em seu nome, para ser o seu representante, porque o cachorro é considerado o melhor amigo do homem. Mesmo sem cachorro, é possível comprar um Patuá com o cachorrinho em nome da pessoa que a gente quer bem e deseja boa sorte.

Assim que chegamos ao topo, vimos a realização de uma cerimônia religiosa entre dois templos, simultaneamente. Apesar de não conhecer o significado, achei o ritual bonito.

Ficamos algum tempo por lá, compramos os Patuás e o papel da sorte. Ah! Esse não pode faltar!!! Mesmo pagando, não dá para deixar de ver o que nos reserva o futuro! Rsrsrs. De novo, saiu muito boa sorte no meu. Que bom!

A volta foi pelos mesmos 700 degraus. Dessa vez, observamos uma pequena amostra das cerejeiras em flor.

Curso Sanuki Udon

Em seguida fomos, literalmente, fazer o nosso almoço. Sim, fomos até a Nakano Udon Schoolhttps://www.my-kagawa.jp/en/experience/experience01https://www.youtube.com/watch?v=qgP6KvidM8Uhttp://www.japaoemfoco.com/7-curiosidades-sobre-udon-macarrao-tradicional-japones/  – para fazer o Curso Sanuki Udon e aprender a fazer o famoso macarrão japonês Sanuki Udon.

Começamos pelo fim. Recebemos luvas e aprendemos a abrir e a cortar a massa que já chegou pronta para nós. Feito isso, ela foi levada embora.

Em seguida, começou a aula. Em grupo de quatro pessoas, ganhamos farinha e água salgada já na medida para serem usadas. Enquanto uma pessoa do grupo amassava, as demais faziam barulho com um instrumento que tinham recebido e dançavam ao som de uma música bem animada. Depois duas outras pessoas se revezaram para dançar e amassar a massa. Enfim, só vendo para entender o quanto nos divertimos.

No final, com a receita da massa na lousa, o professor explicou a diferença de quantidade dos ingredientes, de acordo com a época do ano, inverno ou verão. Por fim, recebemos nosso certificado, que nada mais foi do que uma espécie de papiro com a receita, enrolado no pau de macarrão.

Na lousa, tinha o registro da data 10/04/30. Fiquei curiosa. Por que 30? O guia explicou que no Japão 2018 é o ano 30. Trinta anos de reinado do rei. O pai do atual rei morreu em 1988 e ele o sucedeu. Ao completar 30 anos de reinado, o rei se aposenta, se torna imperador, seu filho o sucede, se torna rei e assim por diante. Essa cadeia só se rompe em caso de morte, o que pode antecipar a sucessão.

Enfim, fomos almoçar. O quê? O macarrão que cortamos no início da aula. Cozinhamos na mesa, temperamos e comemos. Ainda bem que foram tomados todos os cuidados higiênicos no preparo da massa!!! O sabor? Bem….a farra foi melhor!

 

Depois do almoço fomos até o Matsuyama Jo Castle – http://www.matsuyamajo.jp/https://www.japan-guide.com/e/e5501.html – que fica na ilha de Shikokuhttps://japan-magazine.jnto.go.jp/en/1207_shikoku.html . Há duas possibilidades de subir até o castelo. Nós fomos de Cable Car, por ser mais seguro. As cadeirinhas individuais não nos atraíram. Tiramos algumas fotos das cerejeiras que encontramos e… só. O castelo? Só o vimos por fora, para frustração de muitos.

Às 17h30 chegamos ao Chaharu Hotel http://www.chaharu.com/en/ , que fica em Matsuyama.

O jantar foi típico, no próprio hotel.

Impressionante como eles usam ingredientes numa mesma refeição. Acho que cerca de 50. É muita comida! Um desperdício, para quem não gosta.

Matsuyama – Que drama!!! Aproveitar as águas termais ou passear pela cidade – https://www.city.matsuyama.ehime.jp/lang/en/ – para conhecer um pouco da cultura local, ver as lojas, interagir com as pessoas…? Difícil ter essa oportunidade! Escolhi passear, depois do jantar. Não sei dizer se foi a melhor escolha. Bom mesmo seria aproveitar os dois. Não deu!

No trecho que andamos, perto do hotel, nada muito interessante nem diferente. Muitas lojas de comida, de miudezas e de souvenir – japoneses, of course!!! Comprei dois objetos para fazer massagem nos pés por 1800 ienes.

Voltei para o hotel e fui até o Dogo Hot Springhttp://www.chaharu.com/en/spa.html. Como não encontrei ninguém do grupo por lá, decidi ir dormir.

Férias 2018 – 11 de abril – Matsuyama – Kurashiki

11-04-2018 – quarta-feira

 

Morning call mais cedo, às 6h30, porque nossa mala tinha que ser deixada no hall às 7h30. A saída foi às 8h30.

Uma hora depois chegamos a um pier e pegamos uma balsa até o Porto Kurehttp://www.mlit.go.jp/kankocho/cruise/detail/041/index.html

Antes da guerra, Kure foi um porto naval e local onde foi construído o submarino Yamato, que participou de muitas batalhas. Ele fica ao norte da ilha Geyo, perto da Baía de Hiroshima. Depois, Kure se tornou um porto industrial.

 

Assim que desembarcamos, fomos ao Clayton Bay Hotel –  http://www.clayton-bay.jp/english/ .

Na região, uma tradição se mantém há muitos anos. Como os marinheiros perdiam a noção do tempo quando estavam em alto mar, assim que voltavam, sempre às sextas, para que se situassem no tempo, era oferecido a eles um arroz com curry. E não era qualquer curry. Ele precisava ser escolhido pelo capitão. A tradição é ser feito e comido às sextas, mas…. para agradar aos turistas que vão nos outros dias, agora o tradicional arroz com curry pode ser degustado qualquer dia da semana e em outros lugares, também. O curry? Bem… esse não sei quem escolhe hoje!

Apesar de ser uma quarta-feira, fomos comer o famoso arroz com curry num dos restaurantes do hotel Clayton Bay. Gosto não se discute, não é? Uns gostaram e outros adoraram. Fiz parte do primeiro grupo.

 

Após o almoço, pegamos uma balsa para ir até Itsukushimahttp://jr-miyajimaferry.co.jp/en/timetable/  .

 

Desembarcamos em Itsukushima, também chamada Miyajimahttps://www.japan-guide.com/e/e3401.html   – uma pequena ilha perto da cidade de Hatsukaichi, província de Hiroshima, considerada um verdadeiro paraíso subtropical por suas plantas exóticas, fontes termais, milhares de espécies de aves e fauna abundante. Os macacos e veados que habitam o lugar são praticamente domesticados e o centro das atenções. Vimos muitos deles no caminho até o santuário que iríamos conhecer.

Também vimos inúmeras lojinhas, quase todas de comidinhas, que só paramos na volta, claro, para comer alguma coisa. Não tem como evitar…. é muita tentação. Por mim, não gastaria nenhum iene para almoçar ou jantar em restaurantes porque a oferta de comestíveis por onde a gente passa é uma tentação. Esses, sim, são gostosos. E é aí que acaba qualquer dieta, uma vez que não são nada light. Para piorar (modo de dizer) a situação, tem amostra de quase tudo que vendem. Assim…. ficar só com as amostras também é uma tentação…. rsrsrs.

 

Fomos até Miyajima para conhecer Itsukushima Shrinehttp://visit-miyajima-japan.com/en/prepare-your-stay/comment-venir.htmlhttps://www.japan-guide.com/e/e3450.html, um santuário xintoísta.

Itsukushima é conhecido como o “Santuário Flutuante”. Dizem que ele foi construído na terra, em 593 d.C. mas,por causa das oscilações das marés, especialmente durante as marés altas, dá a impressão de que ele flutua sobre a água.

Segundo a crença budista, flutua porque, ao morrer, as almas atravessariam em barcos rumo ao Gokuraku (o paraíso, terra pura budista). Ainda uma outra explicação é que o templo flutua porque é dedicado às deusas guardiãs do mar.

Itsukushima é dedicado às três deusas xintoístas do mar (Ichikishima, Tagori e Tagitsu) que, segundo superstições, habitam o interior do santuário.

De qualquer forma, o santuário de Itsukushima é um belo lugar e o Torii (Grande Portal) flutuante é uma das famosas paisagens de cartão postal e símbolo turístico do Japão.

Torii indica passagem para lugar sagrado e é a porta de entrada do santuário. Na maré baixa, alguns turistas caminham até o portal para admirá-lo de perto. Acredita-se que quem passar pelo Portal Torii viverá uma vida próspera e feliz. Fomos até bem perto. A maré nos impediu de atravessarmos seu portão mas, com certeza, isso não nos impedirá de termos uma vida próspera e feliz. rsrsrs

Uma curiosidade sobre o Xintoísmo é que “nascimento” e “morte” não são considerados puros. Portanto, para manter a pureza da região, se acontecer de alguém morrer por lá, o corpo é transportado para fora da ilha para ser enterrado em outro local, pois lá não há cemitérios.

Crenças e lendas à parte, o lugar encanta por sua beleza.

 

Às 15h pegamos a balsa de volta e fomos para Hiroshimahttp://www.city.hiroshima.lg.jp/portugues/ , uma cidade que foi devastada na segunda guerra mundial e que se tornou um grande ponto turístico. Visitar o Museu que fica no Parque Memorial da Paz é um passeio quase que obrigatório.

Às 16h chegamos ao marco onde caiu a bomba atômica, em 06 de agosto de 1945 – https://www.cartacapital.com.br/internacional/hiroshima-como-um-ataque-nuclear-virou-simbolo-de-guerra-justa

Que sensação esquisita! Já deu arrepios quando vi a placa indicando a direção do local da tragédia. Imagine ver o que restou.

A Cúpula Genbaku ou Cúpula da Bomba Atômica, uma construção que sobreviveu à bomba que matou, instantaneamente, mais de 70 mil pessoas e deixou outras tantas com lesões fatais por radiação fica no Parque Memorial da Paz de Hiroshima, designado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1996.

Nesse mesmo parque está o Hiroshima Peace Memorial Museumhttp://hpmmuseum.jp/?lang=eng –  https://skdesu.com/memorial-da-paz-de-hiroshima/  , um lugar onde se pode fazer uma viagem no tempo e relembrar os horrores da guerra, fatos e consequências da tragédia ocorrida em virtude da destruição causada pela Little Boyhttps://www.youtube.com/watch?v=Q-x8FRNt6OA , nome da bomba.

Triste, muito triste. Realmente, não dá para ficar feliz num lugar como esse. Ele nos faz lembrar quão frágil pode ser a vida quando cabeças destruidoras não querem a paz.

Pouco vimos em Hiroshima pois a nossa ida teve como objetivo conhecer o memorial e o lugar onde a bomba caiu.

Nem precisava mais.

Fukuyama Service  Area Nobori fica no caminho para Kurashiki, lugar onde paramos para nos abastecermos e “desabastecermos” –  https://www.yelp.com/biz/%E7%A6%8F%E5%B1%B1%E3%82%B5%E3%83%BC%E3%83%93%E3%82%B9%E3%82%A8%E3%83%AA%E3%82%A2-%E4%B8%8A%E3%82%8A-%E7%A6%8F%E5%B1%B1%E5%B8%82. Rsrsrs.

Trata-se de um posto no meio da estrada que seria como muitos que temos aqui no Brasil não fosse uma diferença gritante. Lá, os postos têm identidade própria, algo que nos faz lembrar de cada um por sua característica principal. Um é laranja. Sim, a fruta. Muitas coisas relativas a laranjas. Outro é lembrado pela batata doce e por aí vai.

Esse, apesar de ter até McDonald’s, tinha rosas como tema. Uma seção especial de produtos feitos à base de rosas. Que espetáculo! Quando lembro, sinto o cheirinho do sabonete. Delicioso! Pena que no Japão tudo é caro para nós e, não fosse por isso ou o preço serve como desculpa, não podemos carregar tudo de que gostamos. O sabonete, por exemplo, custava 900 ienes, cerca de 9 dólares. Nenhum absurdo, mas caro para nossos padrões. O problema é aquele velho ditado… de grão em grão…..

Melhor deixar essas coisas na lembrança para não chegar no fim da viagem com uma bagagem difícil ou impossível de ser carregada. Quando alguém falava sobre rosas no meio do caminho, seu cheirinho voltava à lembrança.

Agora… o sorvete de leite, delicioso, originário de Saporo, foi saboreado por muitos, uma vez que não pesava na bagagem nem no bolso, só no corpo. Rsrsrs.

 Continuando o caminho, chegamos a Kurashiki às 18h30, mais precisamente, ao Kurashiki Kokusai Hotelhttps://www.kurashiki-kokusai-hotel.co.jp/englishes/ .

Antes de irmos para o quarto, fomos jantar. Como se janta cedo!!! Nossos trajes e visual, depois de um dia inteiro de andanças, não condiziam com o requinte do jantar que nos foi servido, mas….

Comida francesa, um cardápio especial, doze talheres para cada um e um garçom com cara de deboche porque confundimos o uso de um dos três garfos que tínhamos à nossa disposição e de uma faca que não deveria ser usada com o appetizer. Erramos? Paciência, mas nos divertimos muito.

Terminado o jantar, fomos para o quarto. Com ou sem sono, não tivemos escolha porque não havia nada a se fazer.

Férias 2018 – 12 de abril – Kurashiki – Kobe

12-04-2018 – quinta-feira 

 

Não consegui ficar na cama. Dormir cedo tem esses inconvenientes. Resolvi que o melhor a ser feito naquela hora seria levantar e dar uma volta.

Que delícia ver a lua (crescente) no céu , num lugar desconhecido, com suas ruas desertas. Eram 5h30.

Andei um pouco e senti, além do friozinho da manhã, uma sensação gostosa de estar bem, num lugar tão longe, podendo respirar aquele ar puro…. Liberdade!!!! Esse nome tem sabor também! Que coisa boa!

Voltei para tomar café e me preparar para deixar o hotel.

Às 9h colocamos as malas no ônibus e fizemos um tour pela cidade.

Que linda! Tudo muito bem cuidado.

 

Kurashiki é uma histórica e cultural cidade localizada na província de Okayama – http://www2.city.kurashiki.okayama.jp/summit/en/sightseeing/

A cidade moderna foi fundada em 1 de abril de 1928 e a área histórica de Bikan Chikuhttps://authentic-visit.jp/activity/20160823185954 – data do período Heian (794 a 1185), uma região considerada “Estrutura Tradicional da Área de Conservação”, protegida pela Agência de Assuntos Culturais do Japão.

Ao longo da cidade passa o canal “Kurashiki Kawabune Nagashi” e, pelo rio Takahashi, ladeado por salgueiros/chorões, é possível passear de gôndolas, apreciando a beleza do tradicional lugar.

 A área não apresenta postes de eletricidade, a fim de torná-la mais semelhante ao período Meiji.

Caminhamos bastante, passeamos ao longo do canal e não andamos de gôndolas.

Muitas lojas ainda não estavam abertas, mas deu para ver que são basicamente de comidas … verdadeiras obras de arte. Chegamos a experimentar algumas coisas. Umas muito gostosas e outras não, mas todas belíssimas.

 

Às 10h15 saímos em direção a Okayama e, por volta das 11h, chegamos a Korakuen Gardenhttp://www.okayama-korakuen.jp/english/  – https://www.youtube.com/watch?v=5zAI3_N7NEM  – um dos três célebres jardins do Japão. Cobre uma área de aproximadamente 14 hectares e sua construção terminou em 1700. No jardim é possível encontrar árvores de chá silvestre, extensos gramados, lagoas, bosques e colinas, dentre outras coisas. Tudo muito harmônico.

Como ele fica atrás do Castelo de Okayama, era chamado de Back Garden. Mais tarde, em 1871, foi batizado de Okayama Koraku-en Garden.

Há várias informações e teorias para explicar esse jardim tão bonito. Uma delas diz que “O jardim foi projetado tematicamente com base em um ditado confucionista que prega que um governante sábio deve atender aos anseios dos seus súditos antes de atender aos seus próprios anseios e, por isso, ele é conhecido como o “jardim do prazer depois” – https://www.japanvisitor.com/japan-parks-gardens/korakuen-garden .

Aproveitamos bastante o passeio porque, além do maravilhoso jardim, vimos tsurus, tartarugas, um casal de noivos e crianças belíssimas vestidas com trajes típicos.

 

Por volta do meio dia fomos almoçar no Shikisai Restauranthttp://korakuen-shikisai.jp/ – que fica dentro do jardim. Sobremesa muito gostosa, parte da comida típica que muitos adoraram.

 

Depois do almoço, fomos visitar o Himeji Castlewww.himejicastle.jp/en .

Registrado como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, é conhecido como uma obra prima da época em que a original arquitetura japonesa de construção de castelos atingia seu auge de engenho. “Castelo Garça Branca” é a designação que recebe localmente, por sua radiante silhueta branca, semelhante à de uma garça.

O Castelo Himeji fica na cidade do mesmo nome – https://www.himeji-kanko.jp/en/ – e é uma estrutura de grandes proporções que sobreviveu a guerras e terremotos ao longo de sua história e continua bem preservado até hoje.

Depois dessa visita, fomos a Kobe, nosso destino do dia.

 

Chegamos ao hotel Okura Kobehttps://www.okura-nikko.com/japan/kobe/hotel-okura-kobe/  por volta das 17h30, deixamos nossas coisas e, mesmo sem banho, saímos.

 

Nosso motorista nos deixou bem perto dali, no Kobe Harborlandhttp://www.harborland.co.jp/en/  , um misto de shopping e área de serviços. O que mais nos interessou, claro, foram as lojas. Uma hora e meia de comprinhas. Que delícia! Primeira vez na viagem que tivemos a oportunidade de entrar num shopping. Nem preciso dizer que todos ficaram felizes. O único problema é que tinha tanta coisa para ver que o tempo foi pouco para o muito que queríamos fazer. Consegui comprar apenas duas pochetes que eu estava querendo. Paguei 1780 ienes por uma e 5000 por outra. Algo como 17,80 e 50 dólares. A primeira foi uma pechincha e a outra posso considerar também, porque o preço foi promocional. Isso foi tudo!

 

Às 19h30 fomos jantar no Fisherman’s Market Mosaichttps://digjapan.travel/en/spot/id=8155  , um restaurante buffet muito bom. Tinha até pizza!!! Que delícia!

Por volta das 22h voltamos a pé para o hotel e, no meio do caminho, aproveitamos para fazer alguns registros.

O lugar é lindo e a noite estava muito gostosa.

Deu até vontade de ficar mais por ali, mas não sabíamos que era tão fácil voltar. Além disso, nem banho tínhamos tomado e estávamos muito cansados.

Valeu da mesma forma!

Férias 2018 – 13 de abril – Kobe – Otsu

13-04-2018 – sexta-feira 

Saímos cedo do hotel porque a intenção era ir até Osakahttps://osaka-info.jp/en/  ver Sakura. Finalmente iríamos ver a tão esperada floração das cerejeiras.

Já estávamos ansiosos. Afinal, era o que queríamos muito. Sabíamos que a floração tinha sido antecipada e que o auge, na região que estava prevista para irmos, tinha acontecido uma semana antes da nossa chegada. O que fazer, então?

 

Mudamos um pouco o roteiro e conseguimos ver o que tanto queríamos no Osaka Castle Parkhttps://osakacastlepark.jp/foreinger/english.html onde fica o Castelo de Osakahttps://www.japan-guide.com/e/e4000.html .

Foi lindo!

Claro que muita gente teve a mesma ideia! Como no Japão tudo é muito organizado, até para ver Sakura foi assim.

Primeiro nos mantivemos em fila. Uma fila já bem grande quando chegamos. Às 10h em ponto foi liberado para seguirmos com os demais.

Nos dois lados da rua, as cerejeiras em flor enfeitavam o caminho.

De várias cores, elas nos encantaram. Realmente, é um visual belíssimo. Tivemos a sorte de ver até um mini Hanafubukihttps://www.youtube.com/watch?v=mZ8kviszqbw   – https://www.youtube.com/watch?v=z3zl9llYPEI , que são as flores, esvoaçantes, caindo pela ação do tempo, formando um tapete no chão, anunciando o fim da floração das cerejeiras. Um espetáculo para ficar registrado na memória e guardado no coração.

Mais um presentinho de Deus!

Existem coisas na vida que não dependem da gente. Elas acontecem e saber aproveitar é o que garante o espetáculo da vida. Passou! Não sei se terei outra oportunidade como essa, mas já valeu.

Depois de curtir muito e apreciar aquela maravilha da natureza, fomos em direção a Arashiyama, um distrito de Kyoto – https://www.japan-guide.com/e/e3912.html –   https://www.insidekyoto.com/arashiyama , que é uma região muito bonita e possui lugares encantadores que valem a pena conhecer.

Nossa primeira parada foi para almoçar no restaurante Taishou Hananahttps://www.justgola.com/a/taishou-hanana-1978051710 , onde comemos Tai Chazukehttps://matcha-jp.com/en/3118  , um dos seis pratos do típico menu local.

Para não haver erro, tem até tutorial para comê-lo.

O peixe vem cru, marinado num molho bem temperado, acompanhado de arroz e muitas coisas que nunca sei o que são.

Para comer, o peixe deve ser colocado em cima do arroz e regado com o chá quente que vem numa chaleira. Feito isso, o chá cozinha o peixe e tempera o arroz. Incrível. O peixe é cortado tão fino que rapidamente fica cozido. Falando assim parece simples. Acontece que eu não como peixe cru e não acreditei nessa magia. Então… burlei a receita. Peguei uma cumbuca e, aos poucos, ia colocando pedacinhos de peixe e os regava com o chá, para cozinhá-los. Queria comer pelo menos um pouquinho porque estava com fome. O pessoal do restaurante deve ter ficado horrorizado porque é uma receita amada por muitos nos seus mais de 300 anos de tradição. Sorry … teve que ser assim e foi tudo que consegui comer. O restante? Fiz doação.

Depois do almoço fomos até a Floresta de Bambu – Bamboo Grovehttps://www.insidekyoto.com/arashiyama-bamboo-grove  – um lugar muito lindo, onde as pessoas caminham a pé ou de bicicleta, apreciando o balanço das árvores. O bambu tem sido usado para fabricar vários produtos como cestas, copos, caixas e tapetes em oficinas locais, durante séculos. Um dos poucos lugares que já conhecíamos. Valeu ter voltado porque, mais uma vez, apreciei a beleza do lugar.

Continuando nossa caminhada, chegamos ao santuário xintoísta Nonomiya –  http://www.nonomiya.com/eng.html.

Ele foi palco de um famoso filme japonês – The Tale of Genji – https://www.youtube.com/watch?v=wXwSIE2cm88 , o que leva muita gente até lá para conhecê-lo, além daquelas pessoas que vão pedir uma ajuda para encontrar alguém ou conservar o casamento, lenda que só descobri depois.

Segundo relatos, lá é possível rezar e pedir proteção. Não me lembro de ter feito algum pedido em especial, até porque não sabia dessa ajudinha extra. De qualquer forma, sempre que entro em algum santuário ou templo, rezo, agradeço e peço proteção. Nesse santuário, pelo que sei, ninguém do grupo pediu algo tão específico. Acho que aqueles que gostariam da ajuda perderam uma excelente oportunidade de pedir que as divindades ajudassem a encontrar o par perfeito. kkkk

Passamos, também, por  Tenryuji Sogenchi Garden –  http://www.tenryuji.com/en/precincts/index.html , um jardim muito bonito, renovado por um famoso paisagista japonês chamado Muso Soseki.

Tenryuji Temple, um templo budista, é considerado um dos patrimônios da humanidade –  https://www.insidekyoto.com/tenryu-ji-temple-arashiyama .

Por fim, fomos para o hotel – Otsu Prince Hotel – http://www.princehotels.com/otsu/ – situado em Otsu, às margens do lago Biwa.

Descansar? Nem pensar!!!! Fiz parte daqueles que optaram por ir até as lojinhas.

Perto dali tem um complexo com supermercado, farmácia e lojas de 100 ienes, o nosso 1,99. Alguns foram até mais longe, a um shopping que tinha na região. Como eu queria aproveitar um pouquinho as dependências do hotel, fiquei por ali.

Depois do banho fui curtir a Happy Hour no Sky Lounge Top of Otsu, um lugar delicioso, com uma vista maravilhosa do lago.

O jantar foi sistema de buffet, no próprio hotel, no restaurante Lake View Dining Biona.

Claro que depois do jantar a opção foi …..dormir!

Férias 2018 – 14 de abril – Otsu

14-04-2018 – sábado 

Como ficamos no Otsu Hotel – https://en.biwako-visitors.jp/japan-heritage/course/detail/201 por duas noites, pela primeira vez saímos sem malas, às 8h, para os passeios do dia.

Depois de 1h chegamos a Fushimi, um bairro de Kyoto, onde se encontra um dos principais santuários do Japão, o Fushimi Inari Taisha Shrine – http://inari.jp/en/ .

O lugar é lindo e desperta muita curiosidade pela história e pelo visual. Para chegar até ele, passamos por cerca de 10.000 toriis de cor laranja. Cada um possui o nome da pessoa que doou algo para o santuário para conseguir proteção para os seus negócios ou para ter seus desejos realizados.

Lendas a respeito enriquecem essa visão mística do lugar.

Para saber mais…. https://www.japaoemfoco.com/os-dez-mil-portoes-torii-do-santuario-fushimi-inari-taisha/

Para nós, a beleza do lugar encantou e, para não passar em branco, muitos compraram a miniatura de um Torii para fazer um pedido especial, como reza a lenda do lugar.

Ainda não fiz o meu pedido. Acho que estou esperando brotar o desejo de algo muiiito especial, uma vez que aqueles mais simples não precisam de ajuda das divindades.

Brincadeiras à parte, independente de acreditar ou não nessas “lendas”, acredito mesmo na força do pensamento que ajuda e muito. De certa forma, acho que isso reforça certas crenças… ou não????

 

Ainda em Fushimi, fomos conhecer o processo de fabricação de sake no Gekkeikan Okura Sake Museum –  http://www.gekkeikan.co.jp/enjoy/museum/ , um lugar muito interessante. Lá, aprendemos como ele é feito. Um dos sakes da companhia é o Tama no Izumi, que representa o espírito do sake – “Sake é uma fonte sagrada (Izumi) da vida (Tama)”.

Sake é feito de arroz. O primeiro passo é a seleção dos melhores grãos. O aproveitamento para o melhor sake é de 35%. O restante é usado para outros produtos.

Moromi é a fermentação principal do sake e o início do processo. Depois acontece a sua transformação em açúcar e álcool e, em seguida o composto é prensado para extração do sake. O bagaço é aproveitado e se transforma em creme para as mãos, rosto etc.

Depois de conhecermos todo o processo, fomos degustar e em seguida passamos na lojinha do museu. Com peso controlado de bagagem, só comprei algo para lembrar do lugar. Três copinhos e uma garrafa de sake de ameixa custaram 1260 ienes.

 

Nosso almoço foi no Syabu – yohttps://tabelog.com/en/kyoto/A2607/A260703/26030422/dtlphotolst/3/ , onde comemos Shabu Shabu, um prato típico, receita milenar, que tem uma história interessante – http://www.nippo.com.br/historia_culinaria/n265.php . Basicamente, ele é feito com carnes, verduras, cogumelos e macarrão. Só que o preparo dos ingredientes requer um cuidado especial, o molho usado é especial (Ponzu) e a panela…. especial também (Hokotsu). Vai à mesa e possui uma espécie de chaminé. Bebida e sobremesa estavam inclusas no almoço.

 

Saímos de lá e uma hora depois chegamos a Kyoto, mais precisamente ao Santuário Xintoísta – Heian Shrinehttps://kyoto.travel/en/shrine_temple/154 , uma réplica parcial do Palácio Imperial do período Heian. O jardim possui flores das quatro estações do ano e é sempre muito bonito.

 

Continuamos nosso passeio num centro comercial antes de ir jantar e assistir a um show de gueixa – Ganko Takase River Nijohttps://www.gankofood.co.jp/en/about/. O show foi com duas Maicos, moças menores de 20 anos que ainda estão estudando para serem gueixas. Diferente das gueixas, Maico pinta de vermelho só o lábio inferior e o cabelo tem que ser natural.

Eu já conhecia o lugar. Foi uma festa! Não sei se gostaram de serem fotografadas com a gente, mas não tiveram opção porque todos quiseram registrar o momento. O show foi legal e a comida…. muito boa, para quem gosta.

 

Quando voltamos para o hotel – Otsu Prince, chovia um pouco e o programa foi arrumar malas para serem despachadas na manhã seguinte para Tokyo. Separamos algo porque ainda teríamos uma noite em Nagoya antes de chegarmos a Tokyo.

Férias 2018 – 15 de abril – Otsu – Nagoya

15-04-2018 – domingo 

Morning call às 7h, despacho de malas para Tokyo – 2300 ienes cada mala grande e saída do Lake Biwa Otsu Prince Hotel às 9h, em direção a Nagoyahttp://www.city.nagoya.jp/en/

Nossa primeira parada foi no Miho Museum – http://www.miho.or.jp/en/ – um lugar belíssimo!

Independente da importância do museu, é preciso registrar o percurso para chegar lá. Com cerejeiras floridas em ambos os lados, calçadas, túnel e arquitetura ímpares, o que nós vimos é de absoluto cuidado e conservação. Parecia ter sido inaugurado poucos dias antes e já existe há mais de 20 anos. Decididamente, a natureza e a mão do homem competem nesse lugar. Não dá para dizer o que é mais belo.

Miho foi aberto em 1997, concebido pelo arquiteto I. M. Pei.

Em respeito à natureza, ele foi construído sem destruí-la. Dividido por alas, cada uma contempla coleções diferentes. Elas vão da arte japonesa budista até a arte do mundo antigo, numa coleção que possui mais de 2.000 trabalhos. A ala sul se assemelha a uma jornada pela Rota da Seda, com antiguidades das civilizações Egípcias, Asiáticas, Gregas, Chinesas e Islâmicas. A ala norte é destinada a exposições especiais que mostram antiguidades dispostas em diferentes temas ao longo do ano. O museu também hospeda, ao mesmo tempo, de 250 a 500 diferentes trabalhos em exibições sazonais.

De quebra, um café, uma lojinha e uma vista maravilhosa completam a grandeza do lugar. Vale a visita.

Vila Tanuki de Shigaraki foi a nossa parada seguinte – https://www.japanhoppers.com/pt/kansai/shigaraki_koga/kanko/1099/ .

Que lugar interessante! Tanuki é um personagem do folclore japonês e se assemelha ao Texugo. Cercado de misticismo, é dado como certo que um Tanuki traz sorte, dinheiro, saúde etc. a quem tem o do sexo masculino em casa, segundo o guia.  Fácil de ser reconhecido uma vez que a “menina” tem lacinho e o “menino” tem…. pequenininho, mas tem. Na internet, muitas histórias a respeito são encontradas, o que vale a leitura – https://www.japanhoppers.com/pt/kansai/shigaraki_koga/kanko/1099/ – Mito? Lenda?  Pelo sim, pelo não, claro que todos saíram de lá com um Tanuki masculino.  Vai que…..

O almoço foi num lugar que não tinha nome ocidental, cujo som é “Ishuian”! Difícil identificar. Uma pena porque, dentre os muitos restaurantes que fomos, esse merecia ser mencionado com louvor, na minha opinião. Fomos para comer Omi Beef – http://www.oumiushi.com/en/um prato famoso e muito bom. Que delícia de comida!  Como nos demais restaurantes, tinha muitas coisas e, no fogareiro, nós colocamos manteiga e fritamos carnes e cogumelos polvilhados com um sal verde (sal marinho com chá verde).  Mistura gostosa!

Há outros lugares onde se pode comer Omi Beef. Se encontrar… enjoy! Vale a pena!

Depois do almoço, por volta das 15h30, chegamos ao Castelo de Nagoya  – Nagoya Castlehttp://www.nagoyajo.city.nagoya.jp/13_english/index.html . Finalizado em 1612, serviu de residência a três gerações até a Segunda Guerra Mundial, quando foi parcialmente destruído. De lá para cá tem sido restaurado aos poucos, graças aos arquivos existentes.

Os itens mais conhecidos associados ao Castelo de Nagoya são os golfinhos de ouro ou Kinshachi. Diz-se que os primeiros golfinhos (shachi) a decorar os telhados do castelo apareceram na Era Muromachi (1334-1400) como símbolo da autoridade do senhor feudal.

Embora os golfinhos de ouro de Nagoya tenham sido consumidos por chamas na Segunda Guerra Mundial, eles reapareceram junto com uma masmorra reconstruída, em 1959, para o deleite do povo de Nagoya, segundo informações do guia.

No final da tarde, fomos até uma loja tax free antes do jantar. A chuva tinha parado e o frio estava mais intenso. Parada providencial. Compras, nem pensar. Só algumas bobagens porque estávamos com bagagem mais restrita do que o normal, uma vez que tínhamos despachado nossas malas para Tokyo e iríamos de Nagoya a Tokyo de trem bala.

Sem possibilidade de comprinhas, ficamos pouco no lugar.

Nosso jantar foi no Shirakawa Restaurant de Nagoya – http://hitsumabushi.co.jp/dai-nagoya-bldg/ .

Como em quase todos os restaurantes do nosso tour, tivemos um jantar gourmet. Cada um com uma especialidade. Dessa vez, o prato principal foi Enguia. Sim, um peixe que possui a forma de cobra. Caro, raro à mesa, foi servido por último, como todo astro principal. Teve gente que comeu. Não foi o meu caso. Doei. Tudo muito bonito, feito com o maior esmero. Só que… me deliciei, mesmo, com as duas bananas que tinha pego no café da manhã do hotel.

Por falar em hotel, foi para o Ana Crowne Plaza Hotel – https://www.ihg.com/crowneplaza/hotels/us/en/aichi/ngoja/hoteldetail?cm_mmc=GoogleMaps-_-CP-_-JP-_-NGOJA  …. que seguimos depois do jantar.

Sem bagagem para arrumar, resolvi checar os itens disponíveis no quarto e descobri dois roupões iguais. Liguei para algumas pessoas e, como todos os quartos dispunham dos roupões, resolvemos fazer a nossa tão esperada confraternização da viagem, devidamente trajadas para o evento. O lugar escolhido foi o quarto da Sílvia e a festa foi apenas para as “meninas” do grupo. Cada uma levou o que tinha de comestível (quanta coisa apareceu!!!!) e a Regina Lopes ofereceu um espumante que tinha acabado de comprar na loja tax free.

Que delícia!

Aliás, esse é um capítulo à parte da nossa viagem. Mesmo depois de tantos dias juntos, acordando quase sempre muito cedo, andando o dia todo, às vezes com chuva, um pouco de frio quase sempre e algumas intercorrências, sempre prevaleceu o humor e a cooperação de todos. Grupo forte, unido e divertido. É muito bom fazer parte dele. Já foram muitas viagens que espero repetir sempre que puder.

Nem preciso dizer que a festa…..foi uma festa!

Férias 2018 – 16 de abril – Nagoya – Tokyo

16-04-2018 – segunda-feira

Deixamos o hotel às 8h e fomos à estação de trem de Nagoya.

Nagoya Station – Olhando o mapa da estação, a locomoção parece muito fácil. E é. O problema é comprar tickets e localizar a plataforma de embarque naquele mar de gente que entra e sai – https://www.nagoyastation.com/nagoya-station-map-finding-your-way/ .

Lugar lindo, com muitas lojas e um imenso corredor central. Só que não fomos muito longe porque aproveitamos o tempo para fazer as últimas fotos, uma vez que já estávamos começando a nos despedir do Japão.

Como estávamos com Bob Lai, nosso guia, não tivemos nenhum problema para encontrar a plataforma correta para embarcarmos para Tokyo.

Fomos de trem bala, o Tokaido Shinkansen – https://www.nagoyastation.com/the-tokaido-shinkansen-for-shizuoka-shin-yokohama-tokyo-kyoto-and-shin-osaka/  , minha primeira experiência nele.

Foi uma viagem tranquila.

Passamos boa parte dela com o celular na mão, esperando para fotografar o Monte Fuji e… nada. Vimos somente uma montanha, sem grandes atrativos, porque estava nublado e aquela imagem do monte com a neve no pico ficou apenas na imaginação e na lembrança de quando o vimos na primeira vez que estivemos no Japão.

Andar de trem bala não me causou nenhuma emoção. Para mim, foi uma viagem normal de trem. Claro que um trem especial. Afinal, no Japão, tudo é de tirar o chapéu.

Chegamos à estação Shinagawa, Tokyo – https://www.shinagawastation.com/shinagawa-station-map-finding-your-way/  por volta das 11h.

Prince Shinagawa Hotel –  http://www.princehotels.com/shinagawa/ , nosso hotel, ficava muito perto da estação e fomos a pé. Que localização especial!

Chegamos, deixamos nossa bagagem de mão no guarda volumes e saímos para almoçar e fazer compras.

Sem ônibus para nos levar, fomos de metrô. Que delícia! Tivemos mais uma experiência de viagem. Andar de metrô em Tokyo – https://www.japan-guide.com/e/e2164.html !

Paramos em Ginza e fomos direto ao restaurante Tenkunihttp://www.tenkuni.com/english.html , para almoçar.  Prato do dia? Camarão e peixe com arroz. Muito bom, por sinal.

Ginza –  https://www.japan-guide.com/e/e3005.html – é um dos lugares mais sofisticados de Tokyo. Um paraíso para os olhos.

Depois do almoço, tivemos duas horas para passear, literalmente, porque é inviável comprar qualquer coisa lá. Tudo muito caro.

Para se ter ideia do requinte do lugar, entrei numa loja para perguntar o preço de uma pochete. A vendedora retirou luvas do bolso e as colocou antes de tocar na pochete para ver o preço. Nem preciso dizer o que fiz….

Às 16 horas nos reunimos e fomos até o metrô novamente. Descemos em Ueno, um lugar de compras considerado mais popular – https://matcha-jp.com/en/1066 . Popular pode ser, mas barato???? Nada é barato no Japão. Apesar disso, deu para comprar umas coisinhas como uma garrafa térmica por 5.000y (50 dólares), uma escova elétrica por 2.015y (20 dólares) e três jaquetinhas corta vento na Uniqlo por 6.000y (60 dólares). Ainda bem que Pernambuco, um integrante da nossa turma, me emprestou 50.000y (500 dólares). Usei apenas 20.000y porque as compras foram poucas.

Às 19h nos reunimos e voltamos de metrô para o hotel.

Ao chegar no Prince Shinagawa Hotel, descobrimos que estávamos em quarto de fumantes. A mudança gerou confusão porque algumas pessoas que chegaram antes tinham feito check in, sem se preocuparem com o tipo de quarto. Impossível ficar em quarto de fumante no Japão, se você não for um deles. O cheiro é insuportável e está impregnado em tudo porque lá eles fumam demais.  Depois de algum stress e troca de quartos, foi hora de comer alguma coisa, arrumar a mala e dormir, uma vez que o morning call seria às 5h, por causa do voo para Manila.