06-06-2017 – terça-feira
Levantamos cedo e, depois do excelente café da manhã, por volta das 7h30, saímos do hotel. Nossa primeira parada foi no Nyaung U Market – https://www.justgola.com/a/nyaung-u-market-1978051760 – que fica em Nyaung U, uma pequena cidade dormitório, 4km distante de Bagan.
Nyaung U é um mercado animado, onde se pode comprar desde peixe fresco a roupas típicas de Myanmar, um sarong que eles chamam de “longyi”. Claro que não podia deixar de comprar um, depois de muita pechincha. Aliás, pechinchar faz parte de qualquer negociação por lá.
Mais do que isso, Nyaung U Market é um lugar para conhecer um pouco da cultura local e ver como eles conduzem a vida no dia a dia.
Como disse, há de tudo, mas muitas lojas vendem as mesmas coisas. O que diferencia é a maneira de barganharmos o preço. Quem chora mais leva a melhor, quase sempre pela metade do preço pedido originalmente. Afinal… nem precisaria. Na Birmânia, os números são grandes 10.000 – 20.000 e o preço é relativamente baixo para algumas coisas. Artigos populares são baratos, mas o preço do rubi, ouro, laca e seda não são nada convidativos. Um dólar equivale a 1.343 Kyats.
Além da roupa, aproveitamos para comprar algumas peças de laca – bandeja, potes etc. Artigos pessoais só valem a pena para quem gosta de roupas típicas. O tecido é leve, mas é muito comum. Comprei igual na Tailândia. Acho que tudo é fabricado na China.
Na minha opinião, todo mundo deveria visitar um mercado por onde passa, mas esse é estranho, até difícil de definir.
O lado bom do mercado foi conversar com as pessoas (pelo menos tentar….), conhecer e saber a origem do bronzeador usado por eles, um pó amarelo chamado “Thanaka”, que usam na bochecha. Isso garantiu nossa interação e foi muito divertido sair de lá com a cara pintada também.
O lado ruim foi passar perto dos peixes e das carnes em geral. Quantos mosquitos! Que coisa horrível ver aquilo!
Quando saímos, fomos a Salay , uma cidade localizada no distrito de Chauk, região de Magway, Birmânia, para conhecer uma fábrica de açúcar de palmeira, dentre outras coisas. Vimos desde a colheita até a extração do óleo da Toddy Palm Tree – uma espécie de palmeira que também serve para a produção de vinho – https://munchies.vice.com/en_us/article/ezq34p/climb-a-palm-tree-if-you-want-to-get-drunk-in-myanmar . Naquele lugar, vimos fabricação de alguns produtos como o vinho, doce de palmeira com coco, mel, licor de palmeira etc. Além de provar um pouco de tudo, compramos umas coisinhas para levar. O vinho que comprei ficou no meio do caminho porque começou a vazar dentro da mala, exalando um cheiro nada agradável.
Para ir ao Mt Popa – http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/viajologia/noticia/2013/07/suba-o-monte-popa-e-conheca-bdiversidade-espiritual-bde-mianmar.html – http://wikitravel.org/en/Mount_Popa – nossa próxima parada, levamos quase uma hora percorrendo uma estrada que aqui no Brasil seria considerada uma tremenda aventura. Em Bagan, parece comum. Tem muitas curvas, duas mãos, mas não cabem dois carros. Motorista hábil o nosso. Conseguiu subir o morro, em círculo, sem causar nenhuma tragédia.
Foi providencial uma paradinha no meio do caminho para registrarmos nossa presença na Nget Pyaw Taw Pagoda, que possuía estátuas com as mesmas carinhas que vimos e compramos no mercado. Como tudo é muito místico na Birmânia (o guia nunca falou Myanmar), ficamos sabendo que aqueles bonequinhos, sempre em pares, se assemelham a um ovo e sempre permanecem em pé. Isso sinaliza que não devemos nos abater diante das adversidades porque elas passam. São chamados de Pyit Taing Htaung – Daí a vontade que Kingiro e eu tivemos de registrar nossa presença no local.
Voltando….Monte Popa é um extinto vulcão, 1.518 metros acima do nível do mar, que está localizado no centro da Birmânia, cerca de 50 km a sudeste de Bagan (Pagan). Ele pode ser visto nos dias de tempo claro, a partir do rio Irauádi (Ayeyarwady), que fica a 60 km dali. Monte Popa é, talvez, mais conhecido como um local de peregrinação devido aos inúmeros templos dourados que estão no topo da montanha e que são dedicados aos Nats (espíritos). O nome Popa significa flor em Páli/Sânscrito.
Dos 777 degraus para chegar ao cume do morro, agora já sem o carro, metade do grupo subiu apenas 200. Eu, entre eles. A outra metade foi até o fim. Como não voltaram muito animados, não sei se valeu a pena.
Eu fiquei contente com a minha quase terça parte porque conheci um pouco mais sobre a cultura local, uma vez que aproveitei o momento de espera para dar uma volta na rua e ver o “way of life” deles.
O diferencial ficou por conta dos macaquinhos que estavam por lá, quietinhos, sem incomodar os turistas. Em muitos lugares, eles são treinados para “roubar” diante do vacilo das pessoas. Não foi o caso com nenhum de nós.
Detalhe – ir ao banheiro perto do local também não deixou de ser uma aventura. Por causa do calor, água e banheiro caminham juntos e não dá para evitar locais como aquele.
Enfim….não deu para esperar até a próxima parada que foi para almoçar no Popa Montain Resort Hotel – http://popamountain.htoohospitality.com/ . Um lugar lindo, bem perto do Monte Popa. Foi de lá que avistamos a montanha da maneira que queríamos.
Posso até dizer que, na minha opinião, foi bem melhor do que enfrentar todos aqueles degraus e o calor da subida.
A comida? Boa. Aliás, a comida na Birmânia vai de razoável a boa. Para muitos, ela é ótima. Eu é que sou chata para comer.
Após o almoço, fomos para o hotel.
A infraestrutura do Aureum Palace hotel – http://aureumbagan.htoohospitality.com/ – é excelente. Como todo Resort, oferece, além das comodidades 5 estrelas, spa e uma ampla área de lazer. Muito bom. Tem duas piscinas consideradas deliciosas para quem aproveitou. Não foi o meu caso porque preferi ir ao Spa fazer massagem (45 dólares).
Por causa dos pés inchados devido ao calor, optei por fazer uma massagem especial para circulação, com óleo. Que delícia! Valeu cada centavo investido.
Impossibilitada de entrar na piscina depois dela porque estava melecada demais, fui para o quarto tomar banho e descansar.
O jantar foi no hotel. Muito bom, também. Como o costume é jantar cedo, depois cada um fez o que quis. Nenhuma programação.