Férias 2022 – 26/05 – quinta-feira – Tunísia – Tamezret – Matmata – El Jem – Mahdia

26/05 – Tamezret – Matmata – El Jem – Mahdia

Pela manhã, ainda sob um forte vento que enche de areia qualquer buraco ou fenda, saímos em direção a Mahdia, nosso destino no final do dia.

No caminho, paramos em Tamezrethttps://www.flickr.com/photos/sergio_zeiger/38831029744 , uma aldeia berbere, que fica perto de Matmata, para conhecer o local e comer um famoso doce da região – o corno. Seu gosto não faz jus à fama. Ruim não é, mas não deixou saudade. Seu nome é interessante, mas não ficamos sabendo a que se deve. Segundo pesquisas, parece ser o doce turco que recebe nome de Corno de Gazela, uma referência aos tornozelos dela. Tem gosto de um bolinho de amêndoa com calda de laranja. Valeu pelo registro.

Já em Matmata, paramos no Sid Idriss Hotelhttps://hotel-sidi-idriss.com/ , local que serviu de set de filmagem de Guerra nas Estrelas.

Foi ali que tivemos uma visão cultural dos povos nômades que se estabeleceram na área. Localizado cerca de 40 quilômetros do oásis de Gabes, Sidi Idriss está situado em um ambiente árido e acidentado que foi considerado o local perfeito para as filmagens de Star Wars Episódio IV: Uma Nova Esperança. A cidade em si foi esculpida nas cavernas trogloditas, por refugiados berberes, séculos atrás. Hoje há um pequeno povoado na superfície, mas a maioria vive nas estruturas trogloditas e abre a casa como exposição folclórica.

Depois dessa visita, fomos conhecer uma família que mora na aldeia berbere e seus costumes.

A família nos recepcionou de forma muito agradável. Trata-se de uma casa subterrânea. Como no hotel, o pátio é circular e as paredes de barro regulam a temperatura. Do lado de fora há uma cisterna que recolhe água da chuva e um banheiro.

Na minha opinião, apesar de a família demonstrar alegria por estar ali, a aparente harmonia não condiz com a precariedade do lugar. Tomamos chá, comemos um delicioso pão feito pela dona da casa, conhecemos o processo de moagem do trigo e assistimos a uma caracterização da Nathália e do Kinjiro como integrantes do povo berbere.

Foi gostoso estar lá, mas …. despertou a certeza de que o modo como vivemos é muiiito melhor.

Paramos para almoçar no Tamaris Hotelhttps://www.tamarishotel.com/ – que fica em Mahres, já perto do mar. O peixe que comemos com batatas fritas e legumes estava gostoso. Só por curiosidade, uma fanta custa 5 dinares – cerca de 8 reais, uma vez que 1 Dinar Tunisiano equivale a 1,61 Real Brasileiro. Tunísia é o tipo de lugar que eu não costumo fazer a conversão da moeda. Quando chego a um lugar que não me desperta o lado consumista ou que não terei tempo para efetuar compras, troco dólar ou euro pela moeda local e não quero saber quanto custa o que preciso consumir, uma vez que sempre é uma bebida ou algo para comer. Dificilmente é uma compra de algo pessoal, que demandaria uma pesquisa sobre o valor pedido.

Como não dá para ficar com sede, sentir fome ou ficar com vontade de comer algo, pagar o que pedem é a melhor opção. É claro que comprar um refrigerante no supermercado, como em todos os lugares, é muito mais barato, mas nem sempre isso é possível.

Na sequência, fomos até o anfiteatro El Jem – https://www.swedishnomad.com/amphitheatre-of-el-jem/ – Conservado como na época dos romanos, é um teatro ovalado, do séc III – 230/238. A Tunísia não fez a sua restauração. Apenas o conserva e ele é tido como um dos mais conservados do mundo romano.

Fica na cidade do mesmo nome, que era muito rica na época e se chamava Thysdrus. Hoje é uma área de produção de azeite, com 15.000 oliveiras, segundo o guia.

O anfiteatro tem capacidade para 30.000 habitantes. Isso significa que na época havia muitos visitantes, uma vez que a população da cidade era estimada em 15.000 habitantes. Havia espetáculos de gladiadores com gladiadores e gladiadores com animais (leão da África). Hoje não há mais leões porque 1927 foi o último ano que eles foram caçados.

Por fim, chegamos a Mahdia, uma cidade da costa oriental da Tunísia, famosa por suas indústrias de processamento de peixe e tecelagem.

Passamos pelo Skifa el Kahla (Portão Negro), que também era chamado de Bab Zoila e costumava ser a entrada principal da cidade, pelo pequeno Museu de Mahdia, onde são exibidos achados arqueológicos das eras púnica, romana, bizantina e islâmica, vimos o porto de pesca e a fortaleza da cidade.

Ainda paramos para ver o cemitério marinho, que beira a costa do mar Mediterrâneo. Chamam a atenção todas as tumbas branquinhas, pequenas, alinhadas, voltadas para Meca.

Depois desse passeio, fomos ao Mahdia Palace Talasso Hotelhttps://www.hotelpalace.com.tn/en , jantamos e dormimos.