Korea_ Um passeio pelo interior -12/07/2011

12-07-2011

Deixamos o Pine Ridge Resort Villa às 9h. De ônibus, continuamos nosso caminho em direção ao interior da Korea. Nossa primeira parada foi no Seoraksan National Park – que fica em Gangwon, uma província da Coreia do Sul, localizada na região nordeste do país, cujo significado é a montanha da lua e neve – http://english.knps.or.kr/Knp/Seoraksan/Intro/Introduction.aspx . No caminho, o guia continuou nos contando um pouco mais sobre a cultura local e, dentre outras coisas, nos disse que aqui as oferendas aos Budas são vela branca e arroz. A cor branca tem um significado especial para eles.

Após essa visita, saímos em direção à nossa próxima parada. No final do dia o destino é a fronteira entre a Korea do Sul e Korea do Norte. Nosso hotel fica próximo. Desde o início do dia algumas recomendações foram feitas e uma delas é para não tentarmos nos aproximar da divisão. Devem ter razões para isso.

Às 13h30 pegamos um trem com destino a Gangneung – https://www.lonelyplanet.com/south-korea/gang-won-do/gangneung. Chegamos a Jeongdongjin Station.

Passear de trem sempre é uma experiência interessante. Aqui, a paisagem é linda. Por toda a parte há cultivo de arroz, milho (o mais doce que comi até hoje), frutas, verduras e legumes em abundância. Os processos de cultivo são diversificados: estufas, amarrações, diversos tipos de separação e vários tipos de cercas.

Depois de 15 minutos, o mar se abriu à nossa frente. Foi só passar por alguns túneis para ele aparecer. Tinha até praia com cadeiras, como as nossas. Só que, em alguns lugares, grandes pedras estavam entre a areia e o mar. Deve ser um processo de proteção. Além disso, as praias, em muitos trechos, possuem cerca elétrica e pinheiros estão por toda a parte. Jeongdongjin é considerada uma Pine city. Não fosse pela língua, indecifrável, à primeira vista pensaríamos estar numa cidade litorânea do Brasil. Só que não é bem assim. Parece com Caraguatauba, mas só o clima é de praia. A Edely notou que é uma cidade muito parada. Apesar de ser verão e férias, não há ninguém circulando. Tudo muito parado.

Aqui é o mar do Japão, só que sem nenhuma onda, para a nossa salvação e grande alívio quando pensamos no desastre recente ocorrido lá.

Assim que descemos do trem, o ônibus estava esperando para nos levar até o restaurante, para almoçarmos. O que havia nas mesas? O mesmo foguinho!!!! Como gostam disso! Dessa vez, o conteúdo era um misto de frutos do mar, repolho e fiapos de cenoura. Pode ser saudável, mas… Ainda bem que comprei uma dúzia de bananas. O pessoal gostou da comida.

Às 14h30 chegamos ao Museu de Guerra – Gangneung Warship Exhibition Hall. Trata-se de um navio feito na segunda guerra mundial. Foi usado por 27 anos, em 3 guerras – Korea do Norte e do Golfo, além da segunda guerra mundial. É o único em exibição no mundo. Também vimos um submarino usado pela Korea do Norte. É um privilégio ter oportunidade de ver essas raridades. Melhor ainda é não ter nenhuma participação nisso.

Depois de mais uma hora de ônibus, paramos na Wind Village PyeongChang, que recebe este nome porque é um local de muito vento. Hoje não estava ventando, mas a chuva voltou depois de algum tempo que estávamos lá. Ainda bem que deu para andarmos de quadriciclo antes dela. Depois fizemos queijo e sabonete. O queijo foi saboreado no próprio local e o sabonete estamos levando conosco. Sabe qual foi o meio utilizado para preparo do queijo? Aquele foguinho em cima da mesa. O Darci disse que mais um pouco ele leva o fogareiro para Porto Alegre.

PyeongChang foi a cidade escolhida para os jogos olímpicos de inverno de 2018 e a população está muito feliz.

A próxima parada foi para jantar mais uma comida típica – Barbecue. Pergunta que não queria calar: cachorro? Não, segundo companheiros de viagem, porque não se faz churrasco de cachorro – a carne fica dura. Que alívio!!!!

Nos livramos do foguinho na mesa? Nem pensar. Já estamos ficando habituados.

Surpresa maior foi o hotel Oak Valley. Quando chegamos, fomos aos quartos, quase todos no mesmo andar – surpresa!!! – não tinha cama! Isso mesmo. Um quarto de hotel sem cama. Segundo o guia, é um típico hotel coreano. Coloca-se edredon no chão, cobre-se com outro edredon. E dorme. Isso para quem consegue. Só que eu descobri que os mais coreanos – o guia e seu auxiliar – tinham cama de casal. Fizemos barulho e nos arrumaram 4 quartos com cama. Não sei a opinião de todos, mas a maioria não gostou nem um pouco de dormir seguindo os “costumes locais”.

Acho que já dá para começar a fazer um balanço daquilo que estamos vendo na Korea – é tudo aquilo que às vezes ouço dizer sobre a China. Acho que deve ser a China de ontem que eu não conheci, porque a de hoje, na minha opinião, deixa saudade. Korea viu, está visto. Melhor do que a China, só os banheiros, o que é uma grande coisa. Só que não ver, não faz falta nenhuma, também na minha opinião. Estamos gostando da viagem porque estamos vendo muitas coisas diferentes. Mas não precisava exagerar, não é? Ainda dá tempo para mudar de opinião. rsrsrs

A chegada_11/07/2011

11-07-2011 – Primeiros momentos!

Realmente, viajar para o outro lado do mundo não é fácil. São dois dias que passamos entre aeroportos e aviões. A gente come, dorme, acorda, come de novo e a viagem não acaba. Quando chegamos, o cansaço é tão grande que trocar o dia pela noite fica fácil.

Em Seoul, fomos direto para o Ramada Hotel só para pernoitar. No dia seguinte, assim que levantamos, tomamos café e saímos de ônibus para o interior da Korea.

Já deu para perceber alguns costumes diferentes dos nossos. Eles regulam bobagens como a segunda chave do quarto. O café da manhã foi servido em local diferente dos demais hóspedes. Para grupos, mais fraco, claro. Se eles possuem costumes, nós também levamos os nossos conosco e, com jeitinho, conseguimos mais uma chave. No café, o leite quente, o cereal e o suco de laranja só apareceram depois de alguma insistência da nossa parte. Respeitar os costumes locais, no que se refere à cultura e religião, é nossa obrigação e a deles é respeitar nossos direitos, para haver harmonia.

Nosso guia já nos ensinou o básico para sermos simpáticos: Ao chegarmos, devemos falar “Anhoun Hateoun” e, para agradecermos, falamos “Kamisá Hamidá” que são, respectivamente, “Tudo bem?” e “Obrigado”. Já deu para perceber que nem sempre dá certo. Quem sabe até o fim da nossa viagem pela Korea a gente aprende.

11/07/2011 – Descobertas!

Depois de 1h30, a chuva não nos impediu de fazermos nossa primeira parada. Pegamos um barco para conhecermos um parque famoso que fica numa ilha. O Parque Nacional Naminara possui algumas características que se destacam- é bastante ecológico, quase tudo é feito de material reciclável e os detalhes são interessantes. Além disso, é um lugar muito bonito. Segundo o guia, uma novela muito famosa foi filmada nele, o que motiva os coreanos a irem sempre até lá.

A segunda parada foi para almoçar. Restaurante típico coreano. Tem que ter, não é? Interessante! Vale como dica para os preguiçosos que não gostam de cozinhar. A gente encontra a comida crua na mesa, servida em uma espécie de frigideira grande. No nosso caso, para 18 pessoas foram 5. Dentro tinha repolho, frango e batata picados e um tipo de macarrão típico coreano. Assim que a gente chegou, eles ligaram um foguinho embaixo daquelas panelas e nós quase fritamos junto. Para acompanhar, acelga picante (e põe picante nisso), cebola crua (para minha salvação estava num potinho à parte) e folhas de alface para ajudar a comer aquela mistura que, depois depois de pronta, tinha gosto de quase nada. No final do cozimento, eles colocaram arroz. Muitos gostaram. Para mim, seria uma comida saborosa se tivesse algum tempero que não fosse a pimenta. Ainda bem que saímos de lá e fomos até o mercado comprar frutas, que não são servidas como sobremesa, porque são muito caras para os padrões locais.

Haja banana para matar a fome! A Edely até tentou uma segunda opção, mas os bolinhos que ela comprou eram colesterol puro. Ainda bem que o Tony chegou na hora que ela ia pagar. Seria o colesterol mais caro da viagem. Ainda não conhecemos a moeda. A Silvia apostou na chuva e comprou uma galocha vermelhinha. Tomara que ela a aposente a partir de amanhã.

Em seguida, pegamos o ônibus para nossa próxima parada. Vamos para um resort. O Tony já avisou que jantaremos antes. No hotel, teremos uma seção de spa, inclusa no programa. Os homens ficam num andar diferente do das mulheres e sempre há alteração de acordo com Ying e Yang. Só saberemos na hora.

No meio do caminho, uma paradinha estratégica para lavarmos as mãos. Logo de cara, vimos uma barraquinha de waffle. Sabem qual era a cobertura? Bicho da seda. Isso mesmo! E tinha gente comendo. Dentre tudo que havia na loja de conveniência, consegui comprar sembei de cebola. Se fosse loteria, ficaria rica! A minha decepção foi tão grande que a coreana viu a minha cara e o trocou por outra mercadoria. Ponto para eles!

Alguns aspectos da Korea ditos pelo guia: os homens são muito machistas e as mulheres param de trabalhar quando casam. Os coreanos prezam a limpeza e a comida para sobrevivência. Aqui predomina a religião católica e há muita influência da China, principalmente da Dinastia Tam. Casar por referência é uma prática comum. Por conveniência, as pessoas se conhecem quando são apresentadas umas para as outras e os casais se formam.

Outra parada para jantar. Mais uma comida típica. O mesmo foguinho na mesa dessa vez serviu para cozinhar cogumelos, carne de porco, acelga e tofu, servidos com peixe e raiz de lótus.

Depois do jantar, chegamos ao Pineridge Resort Hotel, em Toseodong. Para deleite de todos, estava inclusa a nossa ida ao spa Azalea. Como disse antes, os homens ficam num andar e as mulheres no outro. A sala para relaxar é comum. Aquela história de Ying a Yang deve ser balela. A placa indicando o lugar de cada um estava muito bem grudadinha na parede. Acho que o guia quis valorizar. Nem precisava. O lugar é maravilhoso. Primeiro tomamos banho. Em seguida, passamos por 5 piscinas de água quente com temperaturas diferentes. Da mais quente, 40 graus, até a mais fria – 23 graus. Isso tudo com direito a um tipo de hidromassagem que vai deixar saudade – rsrsrs – cremes, shampoo etc. Depois, de cabelinho seco, todos foram relaxar. Uns dormiram e outros, como eu, morrendo de fome, buscamos uma lojinha de conveniência comprar algo para comer no quarto. Agora vamos dormir. Amanhã iremos embora daqui. Uma pena porque é um belo lugar. A chuva parou e a lua está linda.

Por razões óbvias, não temos fotos do spa.

Seoul -10/07/2011

Seoul – Acabamos de chegar! Foram quase 36 horas! Ufa! Que loucura! São 12 horas de diferença e agora vamos dormir. Já é domingo à noite.

A ida para o aeroporto de Guarulhos foi difícil. Que trânsito!

Depois do check in, uma passagem pelo Fast Sleep garantiu últimos ajustes e 1h de descanso antes do início da maratona. O preço? R$62,90.

Roteiro – De São Paulo a Johannesburgo – de Johannesburgo a Taipei – De Taipei a Hong Kong e de Hong Kong a Seoul. Uma vida!

Alguns registros do percurso.

 

Ásia_de 08 a 26/07/2011

Férias 2011 – de 08 a 26/07/2011

Está chegando a hora! Daqui a pouco iniciaremos mais uma maratona rumo à Ásia. Só de pensar, dá um friozinho na barriga! Mas vamos lá! Como não dá para pular as mais de 30 horas entre aeroportos e aviões, o jeito é encarar.

Boa viagem a todos nós.