Férias 2024 – Fim de férias – 18 a 20/04/2024 – Ho Chi Minh – Dubai – Cape Town – São Paulo

Fim de férias – 18 de abril….

“A aventura vale a pena.” – Aristóteles

Já no aeroporto, tudo parecia muito normal até chegar o 1º comunicado da Emirates de que o voo tinha mudado de horário. Nenhuma surpresa nesse momento. Depois disso, começamos a receber sucessivas alterações de status do voo até que, finalmente, por volta da 1h da manhã, ele foi cancelado .

Nesse meio tempo, descobrimos que o problema estava em Dubai, que tinha sido completamente inundada por uma chuva torrencial. Pior do que isso foi saber que o voo para São Paulo também tinha sido cancelado e que até o dia 22 de abril estava sem previsão de voltar à normalidade.

Tentamos manter a calma e, depois de muita confusão, às 2h30 a Emirates devolveu as nossas malas e nos levou a um hotel. Passava das 3h quando entramos no quarto. Às 6h nos acordaram para retornarmos ao aeroporto, sem direito a café da manhã. Continuamos recebendo, pelo aplicativo, as mais contraditórias mensagens da Emirates. Uma confusão generalizada associada à necessidade de tomarmos providências relacionadas às implicações desse contratempo …. prolongar o seguro, liberar cartão de crédito, aumentar o período de uso do chip, adiar os compromissos etc. Só não conseguimos os remédios que já estavam no final, controlados para acabarem no fim da viagem.

Eu ainda tinha uma preocupação adicional porque, certa de que iria embarcar, coloquei a meia elástica recomendada pelo médico e tomei a injeção para evitar trombose. Diante da incerteza da nossa situação, em vez de dormir quando chegamos ao hotel, preferi tirar a meia por duas horas e tomar banho. Com relação à injeção, nada a fazer…. venceu. Optei por tomar a segunda quando estivesse voando de Dubai para o Brasil, porque seria o trecho mais longo.

De volta ao aeroporto, despachamos as malas e, depois de muito esperar numa imensa fila, conseguimos embarcar.

Eita fim de férias complicado!!!

Chegamos a Dubai sem saber o que encontraríamos. E o que foi que encontramos? Uma fila imensa no balcão de conexões. Aquele voo para o Brasil não tinha sido cancelado, mas o perdemos porque chegamos depois do horário de embarque.

Aliás, informações contraditórias chegavam a toda hora. E nós na fila… revezávamos para ir ao banheiro, achar uma tomada e ficar carregando os celulares, descansar um pouco ou comer algo. A Emirates deu um voucher que só valia para três lugares daquele imenso aeroporto e todos, literalmente todos que estavam na mesma situação que nós, iam para os lugares do voucher. Para facilitar para eles e dificultar para nós, eles disponibilizaram três opções de lanche em cada lugar, as piores, lógico. Só estando lá para saber o que aconteceu de fato.

Como o Tony e a Huang estavam tentando fazer algo para o grupo, entregaram o passaporte para uma pessoa que não estava no balcão. A solução que estavam nos dando, até aquele momento, seria ir para outro país, pagar os custos, chegar ao Brasil e pedir reembolso. Isso sem dizer qual seria a data, muito provavelmente dois dias depois. Cheguei a ver se tinha lugar no hotel do aeroporto, mas estava lotado.

Enfim, nenhuma luz no fim do túnel. O cansaço foi aumentando e a energia acabando. Acho até que era a tática deles para aceitarmos o que seria mais cômodo para eles.

Depois de passarmos mais de 9 horas naquela fila, chegou a nossa vez. O passaporte do Tony e o da Huang ainda estavam com um atendente que tinha sumido para ver se conseguia algo para nós e eu fui para o balcão tentar negociar. Detalhe … a volta para o Brasil, em voo direto, naquele momento, estava descartada, sem previsão.

Depois de muita conversa usando os argumentos de que eu dispunha, a atendente me ofereceu a possibilidade voltar para o Brasil via África – Dubai> Cape Town > São Paulo.  Sem outra opção, aceitei, recebi o cartão de embarque e ela ficou vendo a possibilidade de o nosso grupo viajar no mesmo avião.

Como a decolagem estava prevista para dali a duas horas, fui na frente para o terminal de embarque. Liguei para a Huang para saber se eles estavam chegando no terminal e ela me disse que não iriam no meu voo, mas tinham conseguido a volta para dois dias depois com a opção de hotel e alimentação. Sem poder fazer nada, embarquei sem tempo de ir ao banheiro porque estava em cima da hora, uma vez que o terminal C era muito longe daquele em que estávamos. Minutos depois, já no avião, recebi a mensagem da Huang dizendo que embarcariam para o Brasil, pela Emirates, no próximo voo, que antes estava full e que seria na manhã do dia seguinte. Fiquei sem entender nada, mas tive a sensação de que passei por vilã e egoísta e ainda viajei sozinha, com conexão. Tudo por causa das informações desencontradas da Emirates.

Tudo bem que foi minha opção aceitar a oferta da atendente porque eu estava no limite das minhas forças, mas eu preferia voltar com o grupo e tinha batalhado para isso.

Enfim, na hora do stress nem sempre a surpresa é muito boa.

Sem a possibilidade de ir ao banheiro antes, tive que tomar a segunda injeção no banheiro do avião e depois pedir para a aeromoça fazer o descarte dela. Foi um constrangimento porque é difícil explicar a razão do uso de algo injetável dentro do avião.

O voo até Cape Town foi tranquilo. Só não estavam tranquilas algumas pessoas que, como eu, tinham conseguido a volta para o Brasil naquele voo. Tive pena. Parecia que iam ter um enfarte de tão nervosas que estavam. Eu já não estava ligando para nada. Sem ter dormido, aproveitei para dar um cochilo durante o voo.

Em Cape Town, corríamos o risco de perder a conexão porque teríamos muito pouco tempo para sair de um voo, passar pela imigração e entrar no outro voo. Como éramos muitos, cerca de quarenta pessoas, não me preocupei. Eles sabiam da nossa existência naquele voo. Tanto é que, assim que chegamos, uma pessoa estava nos esperando e cuidou de tudo para nós com a máxima precisão. Enfim, foi a conta certa de sair de um e entrar no outro avião. Eu estava bem, mesmo depois de ter caído novamente durante a correria de um lugar para o outro. Muitos também estavam tranquilos e outros entraram no avião chorando de alívio.

No segundo voo, todos foram muito amáveis e brincalhões conosco, conseguindo desanuviar nosso stress. Dessa vez, pedi um whisky e o comissário encheu o meu copo, justificando que eu precisava dele para relaxar depois do que tinha acontecido. O almoço foi maravilhoso – carne picadinha com creme de cogumelos e macarrão. Foi, com certeza, a minha melhor refeição desde que eu tinha saído do Brasil. Só não comi tudo porque achei muita comida e não bebi todo o whisky porque achei um exagero do comissário. Ao meu lado, viajou um jovem americano que fez o possível para a minha viagem ser muito tranquila. Trocou de lugar comigo para eu viajar no corredor, cuidou da minha mala no bagageiro e pouco falou para eu poder dormir e descansar.

Chegamos às 16h30 ao Brasil, depois de um tranquilo voo.

Como era de se esperar, nossas malas não vieram. Mandei mensagem para a Huang e ela disse que estavam quase chegando também. Pousaram às 17h. Só chegaram as malas dela e as do Tony. As dos demais também não vieram, nem daqueles que estavam na classe executiva. Elas só começaram a chegar 15 dias depois.

Enfim, mesmo com stress, valeu a viagem? Claro que sim!!! Quis relatar detalhes aqui para que saibam que nem sempre tudo corre às mil maravilhas, como a gente deseja. Geralmente as pessoas não contam perrengues e quem viaja não pensa no que pode ocorrer.

Foi difícil? Foi! Atrapalhou a viagem? Claro que não! Chegamos vivos e bem. Só um pouquinho mais experientes depois de enfrentar uma viagem que deveria ser de 24 horas e durou quase 48.

Valeu ter ido!

“É preciso viajar para aprender.” – Mark Twain

Se puder …..

“Nunca hesite em ir além, além de todos os mares, todas as fronteiras, todos os países, todas as crenças.” – Amin Maalouf

Sempre

“Use a gratidão como um manto e ela irá alimentar cada canto da sua vida”. Rumi

Deus nunca me abandonou e nunca me desamparou. A mão de Deus sempre me protege em todos os momentos. Obrigada, Senhor!

Até a próxima!!!