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Férias 2017 – 07 de junho – Mandalay

07-06-2017 – quarta-feira

O dia começou agitado. Levantamos cedo porque tínhamos voo de Bagan para Mandalay.

Por ser tudo muito perto, rapidamente chegamos ao aeroporto e, meia hora depois de decolarmos, chegamos a Mandalay. Como a proposta sempre é aproveitar cada minuto, nossa programação já estava pronta e, assim que desembarcamos, fomos até Amapura (Amarapura), antiga capital de Mianmar, hoje conhecida por sua tradicional tecelagem de seda e de algodão e de fundição de bronze, para visitarmos Mahagandayon Monastery – https://www.youtube.com/watch?v=c8o5nTGX_8Uhttp://www.ursulasweeklywanders.com/religious-practice/monks-nuns-and-a-monastic-life-mahagandayon-monastery-and-sagaing-hill-myanmar/

Mahagandayon é o maior monastério Budista de Myanmar. Foi fundado em 1914 e lá vivem cerca de 2.000 monges que estudam e se preparam para a vida religiosa.

Existem muitas regras que os monges devem seguir como praticar o desapego, nunca pedir nada e seguir sempre em frente, sem olhar para a direita nem para a esquerda, o que não é muito fácil. Simbolicamente, isso significa encontrar o ponto de equilíbrio.

Apesar da pobreza do país, há fila de espera para doar comida aos monges. Por exemplo, quem quiser doar agora, não pode, terá que esperar até 2018 para isso.

Para nós, que não temos esse cunho religioso, é difícil entender. Por causa disso, ficamos com o lado turístico, uma vez que não temos atração igual no Brasil. Muito bonita, por sinal.

Ah…. depois do meio dia os monges não comem mais nada até o café da manhã. Dá para entender a razão de serem tão magrinhos…

Só que, por serem uma atração turística, vivem um dilema. Precisam do turismo para se manterem, mas as diferentes culturas, às vezes, entram em choque porque muitos turistas parecem ignorar (ou deliberadamente ignoram) as expectativas locais de comportamento dentro de terrenos sagrados.

Os turistas costumam chegar no meio da manhã para ver os monges seguirem em fila, descalços, silenciosos, carregando seu almoço em direção ao refeitório, para terem a última refeição do dia.

Foi o que fizemos. Nossa correria tinha esse objetivo, uma vez que exatamente às 10h30 um sino toca e tem início o ritual diário.

Para eles, é mais um dia na rotina do Monastério. Para nós, uma verdadeira atração turística.

Muito perto dali fica U Bein Bridge –  https://www.youtube.com/watch?v=5FPdnWvp1Qs  – considerada a maior ponte de madeira do mundo.

Como fomos antes do almoço, não vimos o pôr do sol que, na opinião de muitos, é um espetáculo da natureza.

Durante o dia, andar um pouquinho nela já foi de bom tamanho. Confesso que fiquei aflita e não sei se faria a travessia. A sensação de estar sobre o rio, numa ponte de madeira, balançando, não é das melhores.

Para variar, há um comércio local repleto de meninos vendendo alguma coisa. Como são insistentes!!! O pior é que comprar alguma coisa não resolve porque atrai outros vendedores e a gente não fica livre deles até subir no ônibus.

Depois disso, paramos numa fábrica de roupas de seda.

Na verdade, a ideia era ver todo o processo de tecelagem mas, nos teares, muito antigos, só vimos algumas pessoas que pareciam estar tecendo as sedas. Não me senti atraída a comprar alguma coisa, apesar de ter visto algumas pashminas bonitas por cerca de 20 dólares.

O almoço foi no Delight Restaurant. Nada muito significativo. Parecia um lugar em início de funcionamento, sem muita estrutura.

Em seguida, fomos conhecer Kaunghmudaw Pagoda – https://www.youtube.com/watch?v=WJfzEEgu9jY  – https://en.wikipedia.org/wiki/Kaunghmudaw_Pagodahttp://www.shwemyanmar.info/attraction_map.php?index=96 – Segundo dados colhidos na internet, Kaunghmudaw é conhecido por seu design em forma de ovo, que se destaca entre os pagodes mais tradicionais. Seu nome formal, Yaza Mani Sula, significa a consagração de relíquias budistas, mas ela é conhecida por seu nome popular, Kaunghmudaw (“Merit-Fazendo real”). É um importante lugar para peregrinação e destino turístico na área de Sagaing.

A construção começou durante o reino do rei Thalun, em 25 abril 1636, e foi terminada 12 anos mais tarde, em 12 maio 1648. Sua cúpula foi continuamente pintada de branco para significar pureza e agora está toda coberta de dourado.

Reza a lenda que sua forma foi inspirada na perfeição dos seios da esposa favorita do Rei Thalun.

Pois é…se é fato ou boato não sabemos. O que vimos foi um design perfeito, que pode inspirar muitos cirurgiões plásticos.

Em seguida fomos até o rio e, de barco, atravessamos até a outra margem. Antes de pegarmos nosso transporte público, uma carroça puxada por cavalos, sentimos de novo aquela sensação de que seríamos assediados à exaustão. Não deu outra.

Dessa vez, o assédio foi das “meninas vendedoras”. Não tem como não comprar. Apesar de achar que são mandadas por alguém, fica difícil falar não diante de tanta insistência. Andamos vários kilômetros de carroça até chegar ao nosso destino e elas foram atrás, de bicicleta, oferecendo sempre mais. Tamanha insistência mereceu nossa consideração e compramos uma porção de coisas para ajudá-las.

Depois de algum tempo chegamos a Bagaya Kyaung Monasteryhttps://www.lonelyplanet.com/myanmar-burma/inwa/attractions/bagaya-kyaung/a/poi-sig/1369344/1335733 – um Monastério Budista, também conhecido como Maha Waiyan Bontha Bagaya Monastery. É uma das famosas atrações turísticas da Birmânia.

A palavra Bagaya é uma aproximação birmanês de Mon, língua phea kao kih, que significa, literalmente, Starflower.

Construído de madeira de teca pela primeira vez em 1593, foi queimado num grande incêndio em 15 de abril de 1821, junto com muitos edifícios importantes. Em 1992 o governo construiu um novo edifício de tijolos, no lugar do antigo, para colocar a imagem de Buda e as escrituras de Pitaka. Embora desgastado pelo tempo, é magnífico e fica no meio de amplos campos de arroz.

Pois é…. mas o que chamou mesmo a atenção foi a sala de aula. Muito interessante.

Interessante também foi a interação com pessoas que lá estavam. Não sabemos se moradores ou turistas. Só sabemos que a simpatia predominava entre todos, até no pequeno monge que se aproximou timidamente de nós.

Na saída …. quem encontramos? As meninas. Que coisa incrível! Depois descobrimos que Walter ficou conversando com elas durante a nossa visita a Bagaya. Não sei em que língua eles se comunicaram. Só sei que ele também comprou muitas coisas e conheceu um pouco sobre a vida delas.

A ida até a nossa última atração do dia foi acompanhada por elas, que começaram a assediar as outras pessoas do grupo.

Só desistiram quando chegamos ao Monasterio Maha Aungmye Bonzanhttp://minglabar.net/where-to-go/mandalay/maha-aung-mye-bon-zan-monastery-mandalay-attractions/

O Monastério Maha Aung Mye Bon Zan (ou Me Nu Oak Kyaung), inteiramente em alvenaria, foi o que melhor conseguiu sobreviver à passagem do tempo. Foi construído em 1818 pelo Rei Bagyidaw. Ele também sofreu danos no terremoto de 1838 e foi reconstruído em 1873. Dois grandes leões mitológicos guardam a entrada do lugar.

Fizemos o trajeto de volta e fomos para o hotel – Mandalay Hill Resort Hotelhttp://www.mandalayhillresorthotel.com/www/ – Muito bom.

Depois de um breve descanso, saímos para jantar no Ko’s Kitchen Thai Restauranthttps://www.tripadvisor.com.br/Restaurant_Review-g295408-d1892176-Reviews-Ko_s_Kitchen_Thai_Restaurant-Mandalay_Mandalay_Region.html – Jantamos razoavelmente bem e voltamos para o hotel.

Ir para a cama imediatamente foi a única opção, tamanho cansaço que sentíamos.

Férias 2017 – 08 de junho – Mandalay

08-06-2017 – quinta-feira

Em Mandalay por duas noites, o morning call foi mais tranquilo. Saímos do hotel às 7h30 e, de ônibus, fomos até o porto. Lá, pegamos um barco para atravessarmos o Rio Ayeyarwaddy com destino ao norte, para conhecermos a Vila Mingun.

Porto é modo de dizer. Era, na verdade, um lugar sem nenhuma infraestrutura que tinha um barco ancorado. Ele até que era razoável mas, para entrar, foi preciso equilibrar numa corda e contar com a ajuda local. Pessoas com alguma restrição motora só conseguem subir ou descer dele se forem carregadas. Ainda assim, tenho minhas dúvidas.

Enfim… passeio de barco é sempre gostoso porque dá para vermos o modo de vida de quem mora às margens do rio.

Navegamos por cerca de 40 minutos para chegarmos à outra margem. Para variar, vendedores de alguma coisa nos esperavam.

Ali, pegamos, de novo, o transporte público típico da região. Dessa vez, o táxi era uma carroça puxada por bois. Sim….táxi naquela região é carroça puxada por bois. Uma verdadeira aventura andar naquilo.

A primeira atração que vimos foi uma pagoda inacabada – Mingun Pahtodawgyi Pagoda https://www.renown-travel.com/burma/mandalay/mingunpagoda.html

Mingun Pahtodawgyi é considerado um dos famosos monumentos do mundo. É uma ruína também conhecida como a maior Pagoda inacabada do mundo. Foi construída pelo Rei Bodawpaya em 1791, que a deixou inacabada propositalmente. A Pagoda possui 49 metros de altura e, se tivesse sido completada, teria 150 metros.

As razões para isso são interessantes. Diz a lenda que se o rei terminasse a construção haveria uma tragédia que dizimaria seu reino. Supersticioso, ele a interrompeu. Em 1839, ela sofreu sérios danos devido a um grande terremoto que aconteceu na região e permanece, sem benfeitorias, como atração turística e não como lugar religioso. Crenças….

O Rei Bodawpaya também colocou um enorme sino ao lado da Pagoda Mingun Pahtodawgyi, Mingun Bell

https://www.myanmartour.com/second_largest_ringing_bell_mingun_mandalay_n114.html ,  o segundo maior sino do mundo. Era o primeiro até o ano 2.000.

O peso do sino na medida birmanesa é de 55,555 viss ou peiktha (1 viss = 1,63 kg), transmitido como um mnemônico “Min Hpyu Hman Hman Pyaw”, com as consoantes representando o número 5 na astronomia e na numerologia birmanesas.

Dizem que ele foi transportado de uma margem a outra por meio de dois barcos que, depois de atravessarem o rio, avançaram dois canais especialmente construídos para recebê-los. Os canais foram então reprimidos e o sino foi levantado, devido ao aumento do nível de água pela adição de terra ao canal bloqueado. Desta forma, o sino foi originalmente suspenso.

Quase ao lado dele, fica a Mingun-Mya Theindan Pagodahttps://www.renown-travel.com/burma/mandalay/hsinbyumepagoda.html – uma bela construção branca, também conhecida por Hsinbyume Pagoda, por ter sido construída pelo Rei Bagyidaw em 1816, em homenagem à princesa Hsinbyume.

Seu formato, diferente das demais pagodas de Burma, representa o Monte Meru – http://www.hinduwebsite.com/hinduism/concepts/meru.asp , considerado o centro do Universo pela cosmologia Budista. Ela é circundada por terraços que significam os seis reinos na concepção budista – dos infernos, animal, dos espíritos, das asuras (antideuses), dos seres humanos e dos deuses. Nos seus entremeios o plano representa a terra e as ondas representam o mar.  – http://zeusbudismo.blogspot.com.br/2009/05/cosmologia.html

Visitar pagodas e templos é interessante e maravilhoso porque vemos ao vivo aquilo conhecemos pelos meios de comunicação.

No entanto, há um lado maravilhoso que livro nenhum mostra, que é a vida local, como ela é, com seus usos e costumes. Por exemplo: paramos no meio do caminho para conhecer Chinlonehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Chinlone , um misto de jogo de bola com dança, que é tradicional na Birmânia há mais de 1.500 anos. Segundo informações, pode ser jogado por mulheres, mas predomina entre os homens. Que habilidade com a bola!

Dali fomos para Mahamuni Buddha Temple – https://www.renown-travel.com/burma/mandalay/mahamunipagoda.htmlum dos maiores locais de peregrinação do país. A grande a atração desse local é o Mahamuni Buddha, uma grande estátua do Buda – Mahamuni significa Grande Imagem. Ela fica dentro de uma câmera onde só homens podem ter acesso para reverenciarem o Buda e colocarem folhas de ouro na sua imagem, em sinal de respeito. Vale ressaltar aqui que, com o passar do tempo, ela tem se modificado por causa da aplicação dessas folhas.

Segundo a lenda, o rei de Arakan, um estado da Birmânia, ficou muito impressionado com os ensinamentos do Buda que pediu a criação de uma imagem à sua semelhança. Para isso, ele e pessoas ricas de Arakan doaram ouro e outros objetos de valor que viabilizaram a criação de uma imagem realista do Buda. Ainda segundo a lenda, o Buda consagrou e animou a imagem, após o que as pessoas a chamavam de Imagem viva Mahamuni.

Não sei se essa é a causa do minucioso ritual que acontece todos os dias às 4h da manhã quando um antigo monge do Templo Muhamuni, testemunhado por vários budistas – homens à frente e mulheres atrás, separadas por cordas – lava o rosto da imagem e escova os seus dentes.

Nós não tivemos a oportunidade de ver o ritual, mas Tony e Kingiro colocaram umas folhinhas de ouro nela.

Por falar em folha de ouro, na sequência fomos até King Galon –   https://www.tripadvisor.com.br/Attraction_Review-g295408-d6483673-Reviews-King_Galon_Gold_Leaf_Workshop-Mandalay_Mandalay_Region.html – conhecer o processo de fabricação do que eles chamam de Golden Leaf e ver os objetos fabricados por eles. Vale ressaltar que, segundo informações colhidas na internet, essa é uma atividade exclusiva de Mandalay. Em nenhum outro lugar do país encontramos a fabricação de folhas de ouro.

Apesar de ser uma fábrica, os preços dos produtos são relativamente altos. Isso se justifica se pensarmos no trabalho que é exigido para confeccioná-las.

Nosso almoço foi no Golden Duck Restaurant – https://www.facebook.com/pages/Golden-Duck-Restaurant/365635413456951 – uma das melhores refeições que fizemos até aquele dia. Comida deliciosa.

Depois do almoço fomos conhecer o Shwe Nandaw Kyaung Monastery – https://www.renown-travel.com/burma/mandalay/shwenandawmonastery.html , também conhecido por Golden Palace Monastery. Ele estava no complexo do palácio de Amapura e foi transferido para Mandalay para se tornar o apartamento real do Rei Mindon. Não possui imagens de Buda. Foi decorado com mosaicos de vidro e trabalhos esculpidos na madeira. Apesar de deteriorado pelo tempo, sobreviveu à destruição da 2ª Guerra Mundial.  Nele estão preservadas as 10 histórias sobre o nascimento de Buda – The Ten Great Jataka e as esculturas na madeira datadas do Século 19. Daí a sua importância para a história.

Em seguida fomos conhecer o maior livro do mundo. Como é isso? Uma Stupa Budista –  Kuthodaw Pagodahttps://edukavita.blogspot.com.br/2015/06/pagode-kuthodaw-e-maior-livro-do-mundo.html  – também conhecido como o maior livro do mundo, localizado aos pés da colina de Mandalay. Foi construído pelo Rei Mindon Min, em 1857.

Segundo registros, o rei, preocupado com a possibilidade de perder os ensinamentos do Buda Gautama devido a invasão dos ingleses, resolveu preservar todo o texto do Tipitaka Pali Canon, do budismo Theravada, inscrevendo-o em grandes lajes de pedra de um metro de largura, um metro e meio de altura e 13 centímetros de espessura. Cada laje foi colocada num santuário chamado Kyauksa Gu e estão organizadas ao redor do Pagode Central Dourado. Ao todo, são 729 inscrições com o texto e uma com o registro de como tudo surgiu, somando 1.460 páginas. Daí a representação figurativa de um livro, considerado o maior do mundo. Originalmente, cada santuário possuía uma pedra preciosa no seu topo. Os textos foram escritos em birmanês redondo e a escrita foi coberta com filamentos de ouro, que foram retirados durante a invasão inglesa, junto com quase todas as pedras preciosas.

Ao vivo, é muito mais do que qualquer descrição generosa. Belíssima!

Depois fomos para Sun Taung Pyae Pagodahttps://catbirdinthemekong.wordpress.com/tag/su-taung-pyai-pagoda/ –   localizada no topo de Mandalay Hill.

Diz a lenda que quem quiser ter vida longa deve optar por subir a pé, apreciando a beleza do lugar. Essa é uma das opções. Não foi a nossa. Deixamos nosso ônibus e pegamos carona numa camionete. Bem, pegar carona é um modo de dizer. Foi esse o transporte público usado para a subida do morro. Vale registrar que foi bem mais tranquilo do que os demais que experimentamos até aquele momento. Subir na camionete foi bem mais fácil do que encarar os 1729 passos até o topo, se fôssemos a pé.

Uma vez lá em cima, deu para ver a beleza da região. Para se ter uma ideia do calor, sem sapatos, como sempre deve ser a visita a esses lugares, para observar a região, só mesmo bem junto ao muro conseguíamos ficar sem sofrimento, ou seja, sem queimar os pés.

Já que o calor é muito forte nessa época do ano, não esperamos o pôr do sol, que dizem ser belíssimo, e fomos para o hotel.

A troca foi ótima também porque ele possuía amenidades dignas de serem aproveitadas.

Optei por fazer massagem. Myanmar Massage  – https://www.youtube.com/watch?v=jg6tb8hGSOE  – é uma bênção para o corpo e para a alma. O relax durante 1 hora (com um pouquinho de dor, é verdade) vale o investimento (40 dólares).

O jantar foi no próprio hotel, um buffet maravilhoso com direito a tudo que queríamos e bolo para o Walter, aniversariante do dia. Diferente do ano passado, dessa vez o bolo foi real e Walter comemorou seu aniversário com o grupo.

Depois do jantar, ficamos no bar do hotel curtindo um conjunto maravilhoso que estava tocando umas músicas muito gostosas.

Hoje, depois que tudo passou, tenho a certeza de que foi o dia mais bonito da viagem. Tivemos outros maravilhosos, mas a sequência do que vimos foi de uma riqueza ímpar.

Walter não participou porque tirou o dia para descansar. Ele pode ter tido um dia lindo, curtindo o hotel, mas foi uma pena não ter visto o que vimos.

 

Férias 2017 – 09 de junho – Kalaw

09-06-2017 – sexta-feira

Logo cedo, saímos do Mandalay Hill Resort Hotel em direção ao aeroporto com destino ao aeroporto Heho, em He Hoe. De lá, iniciamos um percurso cujo destino, no final do dia, seria Kalaw.

Foi uma viagem de 40’ que, se fosse por terra, não levaria menos de 8h por causa das condições da estrada.

A chegada ao aeroporto de Heho foi às 9h45. Voo tranquilo e rápido.

Vale registrar aqui a nossa facilidade com a bagagem. A única coisa que sempre nos foi solicitada foi conferir se ela estava no ônibus ou fora dele. Nosso guia providenciava tudo para que não precisássemos nos preocupar entre o despacho e a recepção dela no quarto do hotel. Que delícia!

Logo depois que saímos do aeroporto, paramos para ver o mercado de bois – Oxen Market – que fica na estrada que vai do aeroporto para Pindaya. Bois e búfalos estavam sendo negociados. Interessante! Pena que não deu para entender o processo de compra e venda porque a língua que falam é indecifrável.

Assim que chegamos a Pindaya, paramos para almoçar no Green Tea Restaurant

https://www.tripadvisor.co.nz/ShowUserReviews-g612366-d1995814-r380761586-Green_Tea_Restaurant-Pindaya_Shan_State.html

Pindaya é uma pequena cidade no estado de Shan. Ela é muito aconchegante, tem um grande lago no meio e muitas árvores em todos os lugares.

É um famoso lugar de peregrinação Budista e de confecção de guarda-chuvas de papel.

Há três “cavernas” no cume no sentido norte-sul, mas só a caverna sul pode ser visitada, a Shwe U Min Cave, também chamada de Pindaya Cavehttps://www.renown-travel.com/burma/pindayacave.html .

Depois do almoço, fomos conhecê-la.

Tinha lido sobre ela que, ao vivo, é muito mais bonita do que qualquer foto que vi. Parece que o lugar emana uma sensação de bem-estar.

Pindaya: Eu tenho a aranha! Pindaya Cave é uma caverna com mais de 8.000 imagens de Budas. Algumas das estátuas mais antigas têm inscrições que datam de 1783. Seu símbolo é uma gigante aranha que fica logo na entrada da caverna.

Reza a lenda que sete princesas se refugiaram na caverna após o banho no lago porque não conseguiram voltar para casa. Durante a noite, elas incomodaram uma imensa aranha que estava tentando dormir. A aranha, irritada, bloqueou a saída, impedindo-as de saírem. Um príncipe passou por lá, elas pediram socorro e ele perguntou o que elas dariam em troca para serem libertadas. Elas disseram que ele poderia casar com qualquer uma delas, se matasse a aranha. E foi o que ele fez. Após matá-la, ele gritou Pindaya (Eu tenho a aranha) e se casou com a mais jovem das donzelas. Ps.  Até na lenda os homens preferem as mais jovens. Por que será???? Rsrsrs

Há esculturas da aranha e do príncipe apontando com seu arco e flecha na entrada da caverna.

Se a história é realmente essa, não sei muito bem o que isso tem a ver com a caverna maravilhosa que encontramos. Enfim, vale o registro.

O que se pode dizer é que é uma caverna belíssima com imagens de budas de diversos formatos, tamanhos e material. Um lugar que vale conhecer pela sua beleza.

Enfrentar os inúmeros degraus não é para qualquer um. Mas…..um pouquinho escondido tem um elevador. Portanto, se não se importar de perder a vista da subida, procure o elevador. As pernas agradecem. Nós subimos sem problemas.

Já em Kalaw, um lugar muito próximo, paramos para conhecer algumas coisas típicas de Myanmar. Uma delas, chá com leite, horrível, na minha opinião. Como ele foi oferecido pelo guia, não podíamos desdenhar a generosidade. Coisa difícil! Também conhecemos Colia, uma fruta que tem muitas propriedades e também é considerada afrodisíaca. Ela é vendida em grãos, que são colocados em potinhos. Parecem feijão. Segundo o guia, mastigar 5 sementes um pouco antes do romance produz efeitos surpreendentes. Não provei porque não tinha motivos para isso na viagem e também não quis testar seus outros benefícios porque fiquei com medo de quebrar dentes – é dura pra caramba. Mas comprei dois potes. Vai que….

Alguns do grupo provaram e, para um dos homens, o efeito foi surpreendente: ele dormiu. Rsrsrs

Dizem que Colia também é boa para hipertensão, gases, diabete, rim …. quem sabe as sementes que eu trouxe têm alguma serventia. Boas para tudo!!!!

Ainda demos uma volta na cidade antes de irmos para o Hill Top Villa Hotelhttp://www.hilltopvillakalaw.com/ . Como chovia e estávamos cansados, ficamos por lá. Descansamos um pouco antes do jantar (servido no próprio hotel) e, depois dele, ficamos na recepção para acessarmos a internet, já que não tínhamos wi-fi no quarto.

Foi um hotel dormitório. Nada fizemos e nada vimos. Apenas comemos e dormimos. Ainda bem. Não sei dizer se é bom. É sistema de chalé, no meio de muita vegetação. Dá um medo de bichinhos!!!! Não gosto de tanta natureza assim em lugar desconhecido. Rsrsrs

Férias 2017 – 10 de junho – Nyaung Shwe

10-06-2017 – sábado

Saímos cedo do hotel. Nosso destino final seria Nyaung Shwe – Aureum Palace Resort & Spa Inlehttp://aureuminle.htoohospitality.com/

Nossa primeira parada foi para ver o Buda de BambuHnee Payahttps://www.hsdejong.nl/myanmar/shan-state/gallery/hnee-paya.html , que fica num lugar que mais parece um hall. Ele tem mais de 500 anos e é coberto de ouro. Há, também, muitas imagens e oferendas no local. Apenas os homens podem chegar perto do Buda e a eles é dado o direito de colar folhas de ouro nele. Mulheres são proibidas de tocar no Buda.

Pessoas ficam sentadas no chão, tomando chá e comendo biscoitos, que oferecem aos turistas. Normalmente, ninguém recusa e ainda dá uma gorjeta pela amabilidade. É uma maneira de elas arrecadarem algum dinheiro.

Lá, também são vendidos artigos medicinais para dores lombares e picadas de insetos. Compramos. A ideia é ajudar e, de quebra, comprar algo que possa ser bom para algum tipo de dor. Mosquito espanta, com certeza, já que o cheiro de cânfora é terrível.

Em seguida, fomos ver o mercado de rua – Kalaw Markethttps://www.experiencetravelgroup.com/myanmar/exp/kalaw-market?tab=map . Que lugar gostoso! A interação com as pessoas, ainda que por mímica, é muito legal. Legal também é ver coisas tão diferentes daquilo que conhecemos. Não dá para saber para que servem nem que gosto têm. Nesses casos, às vezes arriscamos experimentar. Nem sempre dá certo, mas dá para tirar boas fotos e dar muita risada.

Como a vontade de ir ao banheiro era grande, paramos no mesmo lugar do dia anterior, onde tomamos chá com leite. Acho que só o guia aprovou o chá porque bebeu de novo.

Depois, paramos na Shwe Pan Khaing para conhecer o processo de fabricação de sombrinhas de papel, um artesanato famoso no país, onde participamos de um mini workshop – Shan Paper and Umbrella Workshophttp://www.myanmartravelessentials.com/handicrafts-and-workshops/shan-paper-and-umbrella-workshop-in-pindaya/ – Impressionante o resultado dessa produção manual. Além de sombrinhas, há muitos artigos feitos com esse papel artesanal.

Nosso almoço foi num lugar especial – numa vinícola. Paramos para almoçar no Red Mountain Restaurant e conhecer o processo de fabricação de vinhos de Myanmar – Red Mountain Estate Vineyards & Wineryhttp://www.redmountain-estate.com/ – Vinho não experimentei, mas o almoço foi muito bom.

Situada às margens do Lago Inle, a vinícola produz o que dizem ser o melhor vinho do país. O cultivo das uvas é local, mas cerca de 400.000 plantas foram importadas da França e da Espanha para serem testadas e escolhidas. Aliadas a isso, tecnologias de ponta garantem, segundo eles, uma excelente produção de vinho.

Depois do almoço chegamos ao hotel Aureum (Inle) – um excelente hotel, com uma infraestrutura maravilhosa. Claro que ninguém reclamou de ficar “sem fazer nada”. Modo de dizer, é claro!

Piscina para uns e massagem para quase todos. Foi uma delícia.

Eu me dei uma tarde no Spa. Massagem corporal (35 dólares) e massagem facial (45 dólares) garantiram relaxamento total. Não podia ter feito uma escolha melhor para celebrar o meu aniversário que, aliás, foi comemorado em grande estilo à noite, depois do jantar.

Vi que teria alguma coisa porque tinha um anúncio no hall do hotel “Ms Cesar Pires & Party”.

Jantamos normalmente, na maior descontração. Eu tinha até esquecido da tal festa quando Huang, carregando um bouquet de Flor de Lótus, chegou acompanhada dos garçons que traziam um bolo. Eles tocaram violão e cantaram parabéns. Que emoção! Graças à Huang e aos meus amigos de viagem, é o terceiro ano que comemoro aniversário em grande estilo.

Essa alegria que eles me proporcionam e o carinho que me dão não têm preço nem tenho palavras para agradecer. Só espero que recebam em dobro aquilo que me oferecem.

Foi bom, muito bom!

É um presente de Deus comemorar dessa forma, recebendo mensagens de carinho dos amigos e compartilhando esses momentos com pessoas tão queridas.

Fim do jantar, fim de noite! Fui dormir um pouquinho mais velha e muito feliz.

Férias 2017 – 11 de junho – Nyaung Shwe – Lago Inle

11-06-2017 – domingo

 Um dia no Inlehttp://www.inlelake-myanmar.com/ , um lago de água doce situado nas montanhas do Estado Shan, a leste de Myanmar.

Com uma área estimada em 116 km² e 100 km de comprimento, por apenas 5 km de largura, é o segundo lago em área e um dos mais altos (está a 884 m de altitude) de Myanmar, constituindo um dos seus principais destinos turísticos. A sua profundidade média varia entre os 1,50 m na estação seca (3,60 m de máximo) e os mais de 4 m na estação das chuvas.

Nas suas margens, há mais de 200 cidades e aldeias, muitas povoadas pelos Intha (filhos do lago). A cidade mais povoada da região é Nyaung Swhe (Yawnghwe), que tem um canal de 4 m de profundidade até ao lago (canal de Nankand).

O lago Inle é aproveitado e cultivado. São famosos os jardins do lago e as casas flutuantes. Há também um mercado flutuante.

O lago converteu-se num dos principais destinos turísticos de Myanmar, fechando um circuito composto pelas cidades de Rangum (Yangon), Bagan e Mandalay, nossos destinos nessa viagem.

Saímos cedo, de barco, do hotel.

São muitas atrações às margens do lago. Navegar, descer para conhecer a atração, voltar para o barco, navegar e assim por diante. Há tanto o que ver que um dia parece pouco.

Cada lugar foi uma atração à parte e a atração maior ficou por conta do passeio pelo lago. Às vezes mais rápido, às vezes mais lento, por meio de vegetação e cruzando pontes, o barco seguiu por diferentes caminhos que nos levaram a inúmeros lugares, cada um com sua peculiaridade.

Nossa primeira parada foi num ateliê cujas artesãs são aquelas mulheres do pescoço comprido também chamadas de Mulheres-Girafahttp://curiosidadeseculturas.blogspot.com.br/2010/09/mulheres-girafa.html . Elas pertencem à tribo Padaung e ali representam uma atração turística. Posam conosco por alguns dólares e vendem diversos tipos de artigos fabricados por elas ou não.

Há controvérsias a respeito dessa cultura. Rejeitadas por muitos e apreciadas por alguns, as mulheres da tribo Padaung usam os anéis no pescoço. A impressão que se tem é que o pescoço é alongado por causa deles. No entanto, dizem que são os ombros que descem.

Discórdias à parte, valem como atração turística, ainda mais porque são muitas as versões para o uso desses colares.

Da pena à admiração, acho que vale dizer que cada um faz a sua escolha. Se elas assim o fizeram, por que iremos questionar?

Voltamos para o barco e depois paramos numa fábrica de artigos de prata – Sein Tamadi Gold & Silver Smith –  http://placesmap.net/MM/Sein-Tamadi-Silver-Smith-10083/    – https://www.justgola.com/a/gold-smith-silver-smith-workshop-1978051585 – onde vimos o processo de fabricação de alguns produtos. Da barra ao vestido de prata há um longo processo. Um trabalho artesanal tão complexo só poderia resultar num preço compatível. Não nos animamos a comprar algo, mas admiramos o resultado do trabalho dos artesãos.

Dali fomos conhecer uma fábrica de cigarros – Cheroot Making Factoryhttp://www.globejotting.com/the-sweet-cigars-of-inle-lake/ – Sim, cigarros artesanais. Foi possível acompanhar o processo e comprar as cigarrilhas, fabricadas em diversos sabores. Segundo dizem, são diferentes, possuem um sabor adocicado que em nada lembram um cigarro tradicional.

Apesar de não fumar, a compra foi inevitável. Afinal….quando haveria outra oportunidade de comprar cigarro artesanal fabricado no lago Inle de Myanmar, se não fosse ali? Garantimos alguns presentes mesmo sem saber se agradariam.

Outras coisas eram vendidas no local, mas não interessaram.

Navegamos mais um pouco e chegamos a Phaung Daw Oo Pagodahttp://www.inlelaketourism.com/Phaung-Daw-Oo-pagoda.asp , um importante santuário da Birmânia. Nele, há imagem de 5 budas cobertos de folhas de ouro. Só os homens podem se aproximar e é tradição que os reverenciem colocando folhas de ouro nas suas imagens. Elas já perderam o formato original e a tendência é que mudem sempre porque é uma atividade que não pára.

Em seguida, visitamos a fábrica de seda de flor de lótus – Khit Sunn Yinhttps://www.youtube.com/watch?v=x5oIJPZ6nRU . Decididamente, foi o lugar mais interessante do dia.

Assim que chegamos, vimos o procedimento para retirar os fios do talo da folha. Um processo manual, a essência de um produto que só é produzido no Myanmar.

Birmânia ou Myanmar tem dessas coisas, únicas, e é isso que eu acho que nos encanta. Evidentemente que não é um produto barato, mas também não é caro se formos pensar que são exclusivos. Não sei quanto custaria numa loja de grife. Na fábrica, paguei 75 dólares por uma echarpe.

Além de echarpes, estavam à venda outros produtos de preços e qualidade diferentes. Passeio imperdível.

Nosso almoço foi no Golden Kite Restauranthttps://www.justgola.com/a/golden-kite-1978051671 , um restaurante italiano que ficava ao lado ou dividia espaço com o Bambu Forest Restaurant. Pizza foi nosso prato principal. Conheço melhores do que aquela, mas teria sido uma excelente opção, apesar de a qualidade não ser a mesma a que estamos acostumados. Mal descemos do barco começou o assédio dos vendedores que ficaram nos espreitando enquanto almoçávamos, uma vez que o restaurante era aberto. Foi muito desagradável comer daquele jeito, vendo aquelas crianças que pareciam famintas, nos olhando.

Dar toda ou parte da nossa comida para eles não iria resolver o problema. Além disso, tínhamos que comer porque não se come em qualquer lugar quando estamos viajando em grupo. É tudo combinado antes.

Enfim, foi um problema quando Huang resolveu repartir a comida dela com eles. Eram tantos para tão pouco que perdemos a fome e não matamos a fome deles. Desagradável… é o mínimo que se pode dizer para qualificar aquela situação.

Dali, seguimos a pé para Indein Villagehttp://www.indochinatourguide.com/Myanmar-Burma/Indein-Village.html , para conhecermos um sítio arqueológico com muitas pagodas em diferentes estados de conservação. Como a região é sujeita a terremotos, muitas construções estão em decomposição. No entanto, não deixa de ser um lugar interessante para visitar.

Fala-se muito do mercado que existe na região, onde camponeses expõem suas mercadorias. Não vimos. O que vimos foi um comércio local com diversos tipos de artesanato.

Incrível! Nada interessante, mas dá vontade de comprar para ajudar, como se a compra de um colar ou de um objeto qualquer pudesse tirar aquelas pessoas daquele estado de miséria ou aparente miséria que se encontram.

Como é possível viver debaixo daquele calor, esperando uns poucos turistas e tendo que fazer um esforço incrível para que alguém compre algo? Não dá para saber como se vive sem perspectiva nenhuma de melhora de vida. Será que eles sabem o que é uma cama gostosa, um banho refrescante, o conforto que temos no nosso dia a dia? Não é um ou outro que parece desconhecer. É quase toda a população. Muito triste!

Para pegarmos o barco, voltamos pelo mesmo caminho que fomos e vimos novamente algumas cenas interessantes. Uma delas foi uma mulher fazendo um crisp de arroz assado na terra quente. Se não pensarmos muito antes de comer, saboreamos algo diferente, até gostoso. Eu experimentei e posso dizer que é bom, mas não deixou saudade.

De volta ao barco, fomos até Nga Hpe Kyaung (Chaung) Monastery – https://www.youtube.com/watch?v=_95RAn81vPY  –        https://www.youtube.com/watch?v=qKmMj5KZpw8 . Construído no fim de 1850, é um dos maiores monastérios do lago Inle.

Nele pudemos ver uma interessante coleção de imagens de Buda de diferentes áreas. Os famosos gatos que pulam estavam dormindo. Nem adianta esperar pela atração de vê-los pulando. Agora, segundo o guia, é uma prática proibida. Como não vi, não sei se a atividade causava algum sofrimento a eles. Sem julgamento…

Depois disso, iniciamos nossa volta ao hotel.

Foi um dia interessante, repleto de surpresas e de coisas boas, mas cansamos e nada melhor do que voltar ao hotel para um banho gostoso, um jantar tão bom quanto e, depois de arrumar a mala, cama.

Férias 2017 – 12 de junho – Yangon

12-06-2017 – segunda-feira

Por volta das 7h do Aureum Palace Resort & Spa Inle, direto para o aeroporto Heho, que fica em He Hoe.

Chegamos às 8h30 e às 9h30 embarcamos de volta a Yangon. Como a viagem era muito curta, nos serviram apenas doce, chocolate e bebidas.

Às 10h30 chegamos e, logo depois, saímos do aeroporto Yangon num ônibus que estava à nossa espera. Lá é tudo muito rápido porque não existe muita burocracia para embarque e desembarque, pelo menos nos voos domésticos.

Nossa primeira parada foi no Hsin Hpyu Daw Parkhttp://www.myanmartravelessentials.com/activities/royal-white-elephants-at-hsin-hpyu-daw-park-insein-yangon/ , http://www.gulf-times.com/story/359675/White-elephants-not-just-a-tourist-attraction  –     para conhecer elefantes brancos. Não é piada não. Eles existem na Birmânia. São 3 em Yangon e 5 no zoológico da capital – Nay Pyi Taw.
O elefante branco, de acordo com a crença budista, representa a penúltima encarnação de Gautama Buda antes de ele nascer como Rainha Maya. Mas também desempenha papéis sociais e geopolíticos significativos. U Toke Gale, o principal especialista em elefantes da Birmânia, explicou: “O elefante branco sempre foi um símbolo não apenas do budismo, mas de prestígio, prosperidade e poder político”.

Ainda, segundo a cultura birmanesa, eles promovem estabilidade e a paz. Há uma crença de que a nação começou a se desenvolver após a captura deles.

Embora não sejam exatamente brancos e, sim, rosa acinzentado, possuem algumas características dos elefantes brancos que são os olhos de pérola, os cascos brancos, as costas que pendem como o galho de uma bananeira e os cabelos brancos no corpo e na cauda.

Como são raros, não deixam de ser uma atração interessante. Rati Marlar – http://www.nytimes.com/2003/05/15/opinion/meanwhile-the-mysterious-power-of-the-white-elephant.html  e Theing Marlar são fêmeas  e Yaza Gaha Thiri Pissaya Gaza Yaza é macho.

Em seguida, fomos almoçar no Golden Crab House Restauranthttps://www.facebook.com/pages/Golden-Crab-House/303708493069322 . Como o próprio nome diz, caranguejo é o carro chefe, mas há outros pratos. A comida é variada e a costeleta de porco estava divina. Legumes e vegetais também muito bons. Ainda bem que nem só de mar vive a terra!!!

Depois do almoço fomos para – ChaukHtatGyi Pagoda – https://www.youtube.com/watch?v=IEE4nkuMLt4 .  Foi lá que vimos um Buda deitado! Sim, comum não é e a estátua do mestre espiritual, com seus 65 metros de comprimento e 16 metros de altura tem suas peculiaridades. A imagem ficou pronta em 1907, sofreu danos ao longo do tempo e passou por um processo de restauração que terminou em 1966, quando foi acrescida de 5 metros em relação à versão original. A restauração foi bancada por budistas e turistas. Além de ser uma das maiores imagens, senão a maior, de um belíssimo Buda deitado, nos seus pés podemos ver inscritas, em dourado, imagens das 108 imperfeições que causam sofrimento ao ser humano. Considerá-las pecado ou não, é uma questão de opinião. Para os Budistas, essas imperfeições são os  “pensamentos impuros”, “vícios”, “males”, “desejos mundanos” ou “pecados” – http://www.metaconsciencia.com/down/boletim-metaconsciencia-6.pdf. E são eles que estão representados na sola dos pés da imagem do Buddha Chauk Htat Gyi.

Ao redor da imagem do Buddha há oito imagens de santuários que representam os dias da semana. Oito? Sim! A astrologia em Myanmar é representada pelo número oito. E, para os para acomodar esse número na semana, a quarta-feira foi dividida em 2 dias – das 12h01 am às 12 pm e das 12h01 pm às 12 am. Rezar em frente do santuário que representa o dia do nascimento é um costume local. É só botar fé!

Para saber um pouco mais….. http://www.whats-your-sign.com/burmese-zodiac-animal-signs.html

De lá fomos conhecer outro não menos impressionante templo, o ShweDagon Pagodahttp://www.shwedagonpagoda.com.mm/shwedagon-pagoda-historyhttp://www.theshwedagonpagoda.com/  – Shwedagon Pagoda, um importante local de peregrinação para todos os budistas do sudeste asiático, é um templo majestoso, considerado um dos mais impressionantes do Sudeste Asiático. Restaurado depois de muitas intempéries, o que se vê hoje é o resultado de um trabalho ocorrido em diversas fases, já que ele possui mais de 2600 anos, segundo registros históricos.

Sua arquitetura dourada (coberta de ouro) já seria o suficiente para impor respeito. Só que Shwedagon é muito mais do que isso. Seus detalhes e a simbologia que existe em cada um representam a religiosidade e a cultura desse povo que até bem pouco tempo era fechado para o mundo.

Shwedagon, nome composto das palavras shwe, ouro, e dagon, que é o nome antigo de Yangon, a cidade onde ele está localizado – e que, durante o domínio britânico, se chamou Ragoon. Sua cobertura de ouro foi doação de reis e rainhas.

Esse gigantesco templo também teve presença na vida política do país. Foi lá que se deu o famoso discurso de Aung San Suu Kyi em agosto de 1988, iniciando o fim do regime militar na Birmânia. Em 2007 também foi cenário da revolta dos monges a favor da democracia. Lá estão os restos mortais de Supayalat, a última rainha da Birmânia, U Thant , ex-Secretário Geral da ONU e a mãe de Aung San Suu Kyi, Daw Khin Kyi.

Shwedagon é uma “Stupa”, também chamada de “Zedi”.

Stupa é a representação simbólica da mente de Buddha, uma mente iluminada. Quando uma stupa é construída cuidadosamente, diz-se que ela tem um forte impacto nos arredores. Ela diminui as forças negativas e encoraja a harmonia e liberdade para os seres. Por esta razão, também é usada a expressão “Shanti Stupa”, que significa “monumento da paz”.

Shwedagon, que já foi um lugar para guardar restos mortais, pode ser usada para guardar relíquias e também pode simbolizar o caminho de Budha para a iluminação.

Segundo a lenda, dois comerciantes que estavam na região de Yangon ficaram sabendo que um novo Buda tinha nascido após realizar o Nirvana. Era Sidharta. Eles o encontraram meditando. Foram até ele e lhe ofereceram bolos de mel.

Antes de partir, pediram-lhe oito fios de cabelo para terem alguma coisa para venerar. O Buda lhes deu e falou sobre a construção de uma Stupa, numa terra até então desconhecida, onde se encontravam as relíquias de três outros Budas. Os mercadores partiram sem lhes dar as costas e receberam do espírito Thagarmin uma caixa de esmeralda para transportar os cabelos.

Quando chegaram em Okkalapla, contaram ao rei sobre o pedido de Sidharta. Espíritos ajudaram a descobrir o local indicado pelo Buda e o Rei construiu uma Stupa no lugar para abrigar os fios de cabelo que os mercadores tinham levado. Quando a caixa foi aberta, os cabelos de Buda começaram a brilhar, as árvores floresceram e uma chuva de pedras preciosas caiu do céu e foram encaixadas no pagode.

Assim nasceu Shwedagon e esse fios estariam guardados lá.

Além da grande Stupa, Shwedagon Paya é composto por mais 64 pagodes de estilos e 4 templos maiores nos pontos cardeais.

O lado espiritual

Como manda a tradição, deve-se começar a visita no sentido horário.

Os birmaneses acreditam que Shwedagon contém 9 maravilhas, imagens e locais sagrados cuja reverência pode lhes conceder a realização de seus desejos.

Tawagu Wish-Fulfilling Buddha – Fica na plataforma superior e somente os homens têm acesso a ela. Nós podemos ver a imagem por meio de uma TV, no andar inferior.

The Weitzer Zawgyi Pagoda (Pagoda of Wizards and Necromancers) – Fica perto da esquina do sábado. Segundo a crença popular, ela foi construída com o uso de poderes sobrenaturais. Muitos a visitam frequentemente. Será que tem esses poderes também? Passei por lá quando fui reverenciar meu budinha, mas não deixei registrado nenhum desejo secreto. A realização deles? Fica valendo a vontade divina.

Shin Saw Pu (Shin Saw Bu) – Localizada perto do Grande Sino do Rei Singu, na esquina Norte West de Shwedagon. Segundo a crença, ela pode conceder a realização de um desejo.

Shin Ma Hti – A imagem desse Buddha está situada ao norte do altar da Naung Daw Gyi Pagoda.

Shin Itzagawna – A imagem desse Buddha está localizada no lado sul da Pagoda Naungdawgyi. Essa imagem possui um olho diferente do outro. Um é de touro e o outro é de cabra. Segundo a lenda, ela perdeu os olhos e poderes mágicos lhes devolveram, só que um de cada animal.

Sandawdwin Pagoda – Foi construída em cima do poço onde os cabelos de Buddha foram lavados antes de serem consagrados dentro da Shwedagon Stupa.

Bo Bo Aung Shrine – Esse santuário fica no lado oriental da Pagoda Shwedagon.

Kakusandha – A imagem desse Buddha fica no Hall de devoção oriental e se diferencia das demais porque está com a palma da mão direita voltada para cima.

Pyadashin Buddha – Fica ao sul do hall de devoção oriental.

Para visitar o complexo, é preciso estar convenientemente vestido e tirar os sapatos.

O fiéis geralmente vão para rezar, prestar homenagem a Buda, agradecer aos nats (espíritos), pedir um destino favorável ou absolvição dos seus pecados para renascer em melhores condições, segundo a crença budista. Para isso, realizam diferentes rituais, como fazer oferendas ou despejar água sobre a estátua que representa o dia do nascimento.

Resumo da história: o lugar é tão lindo que as únicas coisas que vêm à cabeça são aproveitar aquele visual e dar graças por ter a oportunidade de estar lá. O desejo maior já foi realizado, que era conhecer. Os outros, Deus se encarrega deles, se assim for a sua vontade.

Depois daquela maravilha, não precisava ver mais nada. Ainda assim, demos uma volta pela cidade e fomos para o hotel tomar um banho antes do jantar, que foi no Karaweik Palace Restauranthttp://karaweikpalace.com/ – restaurante flutuante com um buffet maravilhoso e show típico do país, que fechou com chave de ouro nossa estadia em Yangon e fim da nossa viagem pela Birmânia ou Myanmar, não importa o nome.

Férias 2017 – 13 de junho – Myanmar –Taiwan

13-06-2017 – terça-feira

Pois é… acabou Myanmar! Chegou a hora de mudarmos de país para uma nova descoberta – Taiwan.

Saímos do hotel por volta das 7h com destino ao aeroporto internacional de Yangon – http://yangonairport.aero/ e às 10h45 decolamos rumo a Taipei.

Uma hora depois da decolagem serviram o almoço. Como tivemos mais de cinco horas de voo, deu para dormir um pouco.

Desembarcamos às 16h, horário local. Depois dos trâmites legais, fizemos a troca de dólar pela moeda local. Trocamos 1 dólar por 29.860,00 TWD (dólar Taiwanês).

Antes de sairmos do aeroporto, tivemos duas ocorrências envolvendo a Lu. Primeiro foi com o cachorro treinado pelas autoridades para identificar odores específicos na bagagem dos passageiros. Ele parou em frente da bagagem dela e ela teve que abrir a mala no saguão.

Não havia nada, só o cheiro de uma manga que ela havia carregado por dias dentro da mala. Sorte dela. Se ainda estivesse com a manga, a multa seria de 300 dólares. Mistério desvendado, pegamos a bagagem, colocamos no carrinho e fomos em direção à saída. Foi quando aconteceu o segundo episódio que, por pouco, não resultou em tragédia. O carrinho da Lu não saiu da esteira rolante, que é em declínio, e estávamos todos descendo logo atrás dela. Iríamos embolar no final da esteira. Não quero nem pensar o que teria ocorrido se uma alma providencial não tivesse aparecido para destravar o carrinho antes que nos amontoássemos. Não dá para saber se foi problema mecânico ou distração. Ou muda a esteira ou muda o tipo de carrinho. Com muita bagagem, qualquer vacilo é perigoso. O aeroporto internacional fica próximo a Taipei, em Taoyuan – http://www.taoyuan-airport.com/chinese.

Tragédia evitada, logo depois encontramos nosso guia, “Mr. Shao”, e seguimos para Taipei, num ônibus que cheirava a cigarro. Um horror! Foi uma hora de sofrimento.

No meio do caminho paramos para conhecer Kavalan – https://www.masterofmalt.com/whiskies/kavalan/kavalan-single-malt-whisky/ – o mais famoso whisky do país. Trata-se de um single malte ganhador de muitos prêmios. Experimentei um gole de cada tipo e confesso que não gostei porque os achei muito fortes. Só que, como não podia deixar de ser, comprei uma garrafinha de cada para trazer de lembrança.

Chegar ao hotel Sheraton Grand Taipeihttp://www.starwoodhotels.com/sheraton/property/overview/index.html?propertyID=956&language=en_US  – foi um alívio.

Depois do banho, jantamos no próprio hotel. Vale registrar aqui que o buffet do hotel tem de tudo que se possa imaginar em matéria de comida. Parece um misto de café da manhã com jantar. Um paraíso gastronômico para quem gosta e uma ótima opção para os enjoados como eu.

Depois do jantar, a Huang nos levou à estação de metrô que fica ao lado do hotel – Shandao Temple Stationhttp://english.metro.taipei/  e nos ensinou a usar o sistema. Facílimo. Tem que saber a direção final e a estação que vai descer. O valor a ser pago depende da distância a ser percorrida. Começa com 20 TWD, pouco menos de um dólar. A máquina dá troco, se for o caso, e uma ficha que deve permanecer conosco durante todo o trajeto. Na saída, temos que colocar a ficha na catraca para sairmos. Logo aprendemos, compramos o bilhete e 5 minutos depois desembarcamos em Ximen – https://www.google.com.br/search?q=Ximen&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ved=0ahUKEwi-8fjl04zVAhVGgJAKHdfOAdYQsAQIWg&biw=1493&bih=743&dpr=1.15  –  duas estações dali. Como as lojas ficam abertas até tarde, conhecemos um pouco do comércio local. Diferente e interessante, com lojas de roupas de todos os tipos, principalmente para jovens, e comida também diversificada, para todos os gostos.

Cansados, logo voltamos para o hotel, não sem antes fazermos umas comprinhas.

Depois, o merecido descanso.

Férias 2017 – 14 de junho – Taipei

14-06-2017 – quarta-feira

Amanheceu chovendo. Como a previsão era de chuva por três dias, nossa programação sofreu alteração, para melhor aproveitarmos os passeios.

Por volta das 8h, saímos do hotel e fomos conhecer o Museu do Palácio NacionalNational Palace Museumhttps://www.britannica.com/topic/National-Palace-Museum,  considerado um dos mais importantes do mundo e da cultura chinesa. “Ainda que o museu tenha sua sede atualmente em Taiwan, ele foi fundado em 1925, na Cidade Proibida de Pequim. Em 1949, quando a guerra civil chinesa estava no apogeu, o governo enviou 600.000 peças de arte à ilha para protegê-las. Isso explica a razão de o Museu do Palácio Nacional, aberto em 1965, abrigar os maiores tesouros da cultura chinesa, incluindo pinturas e caligrafias tradicionais, documentos, livros e outros objetos antigos.”

De lá, fomos almoçar. Comida normal. O diferencial ficou por conta do guaraná de Taiwan e do sorvete que tomamos na saída, como sobremesa.

A parada seguinte foi no Templo Lungshanhttp://lungshan.org.tw/en/index.php , um dos principais da cidade, sempre repleto de fiéis levando oferendas ou rezando. Visitá-lo é uma experiência muito interessante. Budista e também taoísta, tem em seu interior várias divindades que os visitantes podem contemplar. Entre elas, a mais importante: Mazu, a deusa do mar muito popular na ilha e cuja história sempre esteve ligada aos barcos. O templo fica aberto das 6h às 22h, todos os dias.

O lado espiritual

Segundo o guia, além de contemplar, podíamos, também, seguir algumas tradições locais. Não é muito fácil descrever os rituais. Um deles é mentalizar uma pergunta e jogar dois pedaços de madeira por três vezes. Se eles caírem da mesma forma (por exemplo – um virado para cima e outro para baixo) todas as vezes, a resposta à pergunta feita é positiva.

Há espaços para rezar ou fazer diversos tipos de perguntas. Em cada um, um tema – amor… saúde … sabedoria. Agradecer e pedir proteção a todos foi uma opção. Agora, jogar os pauzinhos foi num só. Resultado? Positivo. É esperar para ver….

Além disso, depois de jogar, há indicação de um número. Ele remete a uma orientação escrita num pedaço de papel que deve ser levada a uma determinada pessoa do templo, para que a mensagem seja interpretada. Para isso, é necessária ajuda com a língua. Tony ajudou. O resultado também foi interessante.

Depois da visita ao templo, fomos conhecer um dos mercados noturnos de Taipei, o Huaxi Night Market https://www.youtube.com/watch?v=uS09IogB7vM . Como fomos durante o dia, vimos apenas o comércio local em funcionamento, sem o agito que costuma acontecer à noite. Passamos por dois quarteirões de rua fechada aos carros e lojas em ambos os lados. Muitos restaurantes, casas de massagem e sex shops. Os últimos deixaram a desejar em todos os quesitos. Não experimentamos a massagem porque o tempo era curto para isso e, como não era hora de nenhuma refeição, também não comemos nada. Um exemplo do que encontramos está ilustrado em fotos. Cobra! Sim, um restaurante onde se vê a cobra viva e depois ela é servida mortinha, como prato principal!!! Nem que fosse a única refeição do dia daria para encarar. Rsrsrs

Fizemos de tudo para chegar antes das 17h ao CKS Memorialhttp://www.cksmh.gov.tw/eng/index.php?code=list&ids=3 porque queríamos ver a cerimônia da troca de guarda, a última do dia. Trata-se de um memorial criado em honra ao presidente Chiang Kai-Shek que, em 1949, se estabeleceu na ilha, depois de abandonar a China continental ocupada pelo Partido Comunista. No interior, é possível visitar uma enorme estátua do governante, localizada no andar mais alto do edifício de 70 metros, construído em 1980.

Um pouco cansativo esperar em pé para assistir à cerimônia, mas, com certeza, muito menos cansativo do que permanecer imóvel durante uma hora, como estavam os guardas.

De lá, fomos comprar malas, uma necessidade para alguns que já estavam com problemas para acomodar a bagagem, apesar de terem sido poucas as compras na Birmânia.

Espaço garantido para a continuação da viagem, fomos jantar. Como tínhamos um tempinho de espera, passeamos um pouco pela redondeza do restaurante.

Jantamos no Din Tai Funghttp://www.dintaifung.com.tw/en/default.htm  – um dos mais famosos na sua especialidade. Deliciosos pasteizinhos, de massa finíssima, cozidos no vapor, com recheio de diversos sabores. Muito bom!

Depois disso, o programa para quase todos foi dormir. Só a Sílvia arriscou um passeio noturno, bem sucedido. Foi e voltou sem nenhum problema.