Home

Férias 2016 – Hokkaido – Abashiri – Museu Okhotsk Ryu-hyo – 11 de junho

11/06/2016 – sábado

Continuando nosso passeio, fomos para Abashiri, uma cidade japonesa localizada a nordeste de Hokkaido, na subprovíncia de Abashiri, um importante porto e terminal ferroviário local.

A cidade sobrevive da pesca, da agricultura e do turismo. Inúmeros produtos marinhos advindos do mar de Okhotsk e a variedade de produtos cultivados na agricultura, aliados à paisagem natural da região, fazem de Abashiri um lugar muito visitado.

A Ásia, de um modo geral, nos oferece um leque de atrações que só podem ser vistas num determinado lugar.

Abashiri é um desses lugares. Seus lagos, sua paisagem e, principalmente, o movimento do gelo nas suas praias durante o inverno atraem muita gente. Para quem visita Abashiri durante o verão, O Museu do Gelo reproduz as condições naturais que são vistas no inverno. Um espetáculo à parte.

O Gelo flutuante é um fenômeno natural que ocorre na região do Mar de Okhotsk, durante o inverno. Nesse mesmo período, uma espécie de borboleta, conhecida como “anjo do gelo flutuante”, pode ser vista e a natureza produz ruídos que possuem determinadas particularidades.

Para conhecer esses fenômenos, só indo para lá no inverno ou passando pelo Museu Okhotsk Ryu-hyo (gelo flutuante). A segunda, foi a nossa opção.

No museu, vimos a representação do gelo flutuante do mar de Okhotski. O Museu simula o gelo flutuante numa sala que está a uma temperatura de -15°C. Ali, vivemos uma experiência chamada “Experiência Shibare” na qual uma toalha úmida pode ser congelada apenas pela ação do vento gelado.

Além dela, conhecemos o processo de Taxidermia, um método tradicional de montar e preservar animais vertebrados para exibição e conhecemos aquela espécie de borboleta-do-mar, que é conhecida como “anjo do gelo flutuante”.

O museu é um lugar que dá, a pessoas de todas as idades, a oportunidade de aprenderem sobre o Mar de Okhotsk, enquanto se divertem.

Além de observarmos os blocos de gelo, temos a possibilidade de ouvir os sons do mar e de conhecer a vida no inverno. Uma experiência intensa para quem prefere assistir ao espetáculo sentado em uma poltrona. Para nós, que não estamos acostumados com um inverno tão rigoroso, acredito que foi a melhor opção.

Há, também, uma plataforma de observação, ao lado museu, de onde temos uma visão perfeita da Península Shiren, das Montanhas Akan e do Mar de Okhotsk.

http://ikidane-nippon.com/interest/387410/

http://www.ryuhyokan.com/

Férias 2016 -Hokkaido – Abashiri – Almoço – 11 de junho

11/06/2016 – sábado

Nesse dia, nosso almoço, para minha tristeza, não foi buffet. Deleite para muitos, como se pode ver, só posso dizer que o milho estava muito bom!

Férias 2016 -Hokkaido – Abashiri – Abashiri Prison Museum – 11 de junho

11/06/2016 – sábado

Durante quase um século, a cidade de Abashiri foi o local da prisão mais temida do Japão porque representava a punição mais severa dos juízes.

Na primavera de 1880, um primeiro lote de prisioneiros foi despachado para a vila dos pescadores. O trabalho era duro e os guardas, rigorosos, não toleravam infrações.

Como era uma terra que tinha que ser rapidamente desenvolvida, os prisioneiros, todos do Japão, tiveram a primeira tarefa de construir uma estrada que liga Abashiri a um posto avançado, já desenvolvido, perto de Asahikawa, no centro de Hokkaido.

De acordo com registros, o trabalho foi extremamente difícil, pois tudo tinha que ser feito manualmente. A comida era escassa, os acidentes muito comuns e cada prisioneiro tinha uma bola de ferro pesado, acorrentado a um pé, o que impedia a sua fuga para o deserto. Trabalhando sob o frio extremo do inverno de Hokkaido, eles construíram a estrada em tempo recorde.

Hoje, a prisão passou a ser um museu.

Dizem que é uma forma de homenagear os antigos presidiários. Tenho minhas dúvidas. Na verdade, o que vimos foi a representação cruel de como viveram e trabalharam no período.

Um filme dramático nos mostra isso e a abundância de imagens nos dá pormenores de como foi a vida no presídio. Além disso, há possibilidade de simular o sofrimento pelo qual passavam, já que uma bola de ferro com cadeados fica disponível para o turista colocar na perna e tentar andar alguns passos. Uma experiência para um minuto ou dois, não para andar um dia inteiro construindo estradas.

Não nos cabe fazer nenhum tipo de julgamento. Fica, aqui, só o registro da história.

Nesse dia, nosso hotel – Art Hotel Asahikawa – serviu apenas para jantarmos e dormirmos. Nenhum registro.

http://www.kangoku.jp/

Férias 2016 – Hokkaido – Asahikawa – Snow Crystal Museum – 12 de junho

12/06/2016 – domingo

No caminho para Sapporo, paramos para conhecer o Snow Crystal Museum, um lugar belíssimo por dentro.

O Museu Cristal de Asahikawa é pequeno e inteiramente dedicado a flocos de neve. Ele fica num castelo europeu e pertence à Vila de Arte Tradicional e Artesanato de Hokkaido.

A vila localiza-se num monte com vista para Asahikawa, na parte central de Hokkaido.

A história do museu começa em 1970, quando foi iniciada a sua construção. Em 1980 ficou pronto o edifício principal – Yukaraorikogeikan e, a seguir, em 1986, foi criado o Museu Internacional de Têxteis. Por fim, em 1991, terminaram o “Museu Crystal” .

No Yukaraorikogeikan, que funciona como centro da vila, está exposta a técnica têxtil de Hokkaido, “yukaryori”, que utiliza lã crua. Todos os processos, inclusive a tecelagem, são feitos manualmente. Os desenhos têm o tema da “beleza da natureza de Hokkaido” e usam entre 200 e 300 cores, por meio de técnicas avançadas como pintura a óleo.

No Museu Internacional de Têxteis, são exibidos cerca de 200 têxteis do Japão e de todo o mundo. Existem explicações detalhadas para cada peça, dizendo de onde veio e qual a história por trás dela.

Peças à venda dão a noção exata do valor de cada obra prima: uma fortuna!

Já no museu de neve, para mim a parte mais interessante, existem vários ambientes. Iniciamos nossa visita por uma escadaria em espiral, 18m abaixo da terra e depois passamos pelo  “corredor do gelo”. Na cave, é reproduzido um mundo de -15 graus onde, por meio de um único vidro, é possível ver cristais de gelo ao microscópio e, em vídeo, e aprender tudo sobre a neve.

Uma janela de vidro azul, do chão até o teto, reproduz cerca de 200 pinturas formadas por cristais de neve. Uma maravilha!

Ainda no Crystal Museu, há uma sala chamada “Music Hall” ornamentada por uma belíssima pintura a óleo, sobre neve, em todo o seu teto. Ela é usada para concertos, casamentos etc.

No seu entorno, há uma sala onde são realizados banquetes, conferências e outras coisas do gênero e uma loja de souvenir, claro! Sempre há uma nos museus. Além de souvenir, é possível comprar ou alugar roupas de época.

Festa de surpresa por ali não pega ninguém desprevenido. Dá para resolver na hora e não fazer feio!

https://www.youtube.com/watch?v=SoRoIl9z0pM

http://www.yukaraori.com/

https://www.youtube.com/watch?v=Jh2ksenOhec

 

Férias 2016 – Hokkaido – Sapporo – Almoço – Art Hotel Sapporo – 12 de junho

12/06/2016 – domingo

Assim que chegamos, paramos para almoçar no Art Hotels Sapporo (Hotel Mystays Premier Sapporo Park).

Mais uma vez os colegas foram solidários com o Darcy, que recebeu muitas doações, já que o sistema do almoço foi “prato feito”.

Sacrilégio chamar aquela refeição de prato feito, como podem ver nas fotos. É só uma maneira de falar quando não é buffet. Nada contra.

O pior é que ficar sem comer nem ajuda na dieta porque, para compensar o que não se come durante a refeição, há milhões de outras coisas não tão saudáveis. Prova disso é que Darcy, comendo toda a comida que lhe foi doada, manteve a linha durante a viagem, o que não foi o meu caso.

Férias 2016 – Hokkaido – Sapporo – Tarde e noite livres! 12 de junho

12/06/2016 – domingo

Por fim, chegamos a Sapporo para encerrarmos nossa estadia na Ilha de Hokkaido. Passamos o dia, dormimos e, no dia seguinte, voltamos à ilha de Hoshu.

Sapporo

Sapporo é a principal porta de acesso para Hokkaido a partir de Tóquio e Osaka e é o centro cultural, econômico e político da ilha. A principal atração da cidade é o Parque Odori, adornado com muitas flores.

Quando passamos pela primeira vez, como registrado antes, degustamos o prato típico de lá, os três tipos de caranguejo.

Foi a nossa segunda passagem pela cidade, um domingo de primavera.

Amei a cidade.

Dentre as que visitamos na ilha de Hokkaido, foi a que mais chamou a minha atenção.

Cidade de fácil ambientação, logo a gente se sente “em casa”. Do hotel em que ficamos, dava para caminhar até restaurantes para comer com tranquilidade ou ir para o centro comercial, sem nenhum problema.

Uma cidade limpa, sem nenhum sinal de lixo. Até fumódromo existe na rua, totalmente vedado, porque lá é proibido fumar em espaços públicos.

Depois do almoço, fomos até o centro comercial, que fica no coração da cidade.

Tivemos a sorte de pegar o último dia do Yosakoi Soran Festival, um evento que foi de 08 a 12 de junho e que contou com a participação de cerca de 30.000 dançarinos de todo o Japão. Em grupo, vestidos a caráter, eles dançavam de acordo com o folclore que estavam representando. Segundo informações colhidas na internet, esse festival atrai para a cidade por volta de 200 milhões de visitantes.

Confesso que não sei direito como descrever aquelas apresentações. Só sei que foi uma mais bonita do que a outra. Uma dança enérgica e alegre.

Nós vimos as principais, aquelas que aconteceram no Odori Park. No entanto, o festival aconteceu por toda a cidade de Sapporo.  

Foi uma descoberta quase que por acaso. Tínhamos parado para ver o comércio e nos deparamos com aquela maravilha. Claro que ficamos divididos! Vimos um pouco de cada coisa.

No final da tarde, fomos para o hotel onde iríamos passar a noite. Por ser muito próximo de onde passamos a tarde, depois do banho foi possível voltar a pé para jantar, uma vez que a noite também era livre.

Aí o grupo se dividiu. Walter e eu fomos jantar num restaurante muito legal, comida gostosa. Acertamos.

Na volta, tivemos a oportunidade de ver um pouco a vida noturna da região. Muita gente jovem, vestida de um jeito moderno, um pouco esquisito. Imagine um desfile de modas. Sabe aquelas roupas que a gente se pergunta “quem usará isso?” Pois bem, são comuns no Japão e era assim que estavam vestidos. Uma produção completa, da cabeça aos pés.

Depois de um dia tão intenso, nada como uma boa cama para o merecido descanso.  

Assim nos despedimos de Hokkaido, uma ilha que me surpreendeu e encantou. Pelo que eu tinha lido, sabia que se tratava de um lugar bonito, com uma gastronomia que prima pelo uso de produtos frescos. Tinha outras boas informações. Só que a realidade superou em muito as minhas expectativas.

Não sei se terei oportunidade de voltar. Acredito que não, mas recomendo a quem tenha vontade de conhecer. Realmente, vale a pena!

http://www.welcome.city.sapporo.jp

http://www.welcome.city.sapporo.jp/event/summer/yosakoi_soran_festival/?lang=en

Férias 2016 – Hokkaido – Honshu –  Osaka – Kyoto – 13 de junho

13/06/2016 – 2ª feira

A passagem de uma ilha para a outra foi feita de avião.

Saímos de Sapporo às 9h10 e chegamos às 11h30 ao aeroporto de Kansai, em Osaka. Depois dos trâmites de chegada, fomos direto ao restaurante The Brasserie, que fica no Hotel Nikko Kansai Airport. Excelente restaurante!

Serviço de buffet, indicação precisa do prato que estava sendo servido no momento e identificação do que tinha sido usado no seu preparo. Para as crianças, o espaço reservado tem tamanho proporcional a elas, para poderem escolher o que comer, já que conseguem ver o que está à disposição delas.

Nota 10!

Depois do almoço, fomos para Kyoto.

Considerada um dos patrimônios da humanidade pela Unesco, Kyoto é uma cidade que nos atrai pelos seus encantos advindos dos inúmeros templos budistas, dos santuários xintoístas, da arquitetura refinada, das casas que realizam cerimônias de chá e proporcionam meditação zen e das gueixas finamente vestidas em quimonos de seda que representam as tradições do povo japonês

Capital do Japão por séculos, Kyoto abriga, também, um dos palácios imperiais do Japão (o outro está em Tóquio), a vila imperial de Katsura Rikyu e o castelo Nijo.

Pela segunda vez na cidade, voltar a alguns templos e santuários só somou ao conhecimento que eu adquiri quando fiz a primeira visita.

Antes mesmo de ir ao hotel onde ficaríamos hospedados, iniciamos nosso passeio pela cidade.

https://www.nikkokix.com/e/restaurant/brasserie.html

http://kyoto.travel/en

Férias 2016 – Honshu – Kyoto – Kiyomizu-dera – 13 de junho

13/06/2016 – 2ª feira

Kiyomizu-dera é o templo budista mais importante e famoso de Kyoto. Oficialmente chamado , Kiyomizu-deraOtowa-san Kiyomizu-dera, ele é parte dos Monumentos Históricos da Antiga Kyoto e patrimônio da humanidade pela Unesco.

Kiyomizu-dera foi fundado em 798. Não há um único prego usado em toda a estrutura. Seu nome vem da cachoeira que há no complexo e que flui das colinas próximas de lá. Kiyomizu significa água límpida ou água pura.

O salão principal possui uma grande varanda, apoiada por pilares altos, que se projeta sobre a encosta e oferece uma vista impressionante da cidade.

No complexo, há outros santuários e Jishu é um deles.

Uma visita ao complexo pode ser uma experiência fascinante.

Como em quase todos os templos, é importante conhecer o outro lado da história, aquele que, extra oficialmente, nos remete a lendas e superstições. Para quem acredita, talvez esse seja o motivo principal da visita.

Muitas vezes a gente só fica sabendo que pode pedir ajuda às divindades depois que passou por esses lugares. Mesmo assim, vale acreditar que pode sobrar alguma proteção para todos.

Vamos a algumas crenças:

A expressão popular “pular para fora do Kiyomizu” é o equivalente à expressão “mergulhar de cabeça”. Isso refere-se a uma tradição do período Edo que estabelecia que se alguém sobrevivesse a um pulo de 13m da varanda, seu desejo seria realizado. Foram registrados 234 pulos no período Edo e, desses, 85,4% sobreviveram. A prática é proibida atualmente.

Período Edo, também conhecido como Período Tokugawa, é uma divisão da história do Japão que vai de 1603 a 1867. Esse período marca o governo do Xogunato Tokugawa (ou Edo) que foi oficialmente estabelecido em 1603 pelo primeiro Xogun Tokugawa Ieyasu. O período terminou com a Restauração Meiji, a restauração do governo imperial pelo décimo quinto e último xogun, Tokugawa Yoshinobu. O período Edo também é conhecido por ser o começo do início do período moderno do Japão”. Wikipedia

Sob o salão principal do templo, está a cachoeira de Otowa-no-taki, onde três canais de água caem em um lago. Os visitantes podem beber a água pela saúde, longevidade e sucesso nos estudos. Acredita-se que ela tem poder de realizar desejos.

Como disse, no complexo do templo há outros santuários xintoístas, entre eles o Santuário Jishu, dedicado a Okuninush, o deus do amor e dos “bons pares”. Ele é considerado um dos lugares mais visitados depois de Mecca. O Santuário Jishu Jinja possui um par de “pedras do amor” colocadas a 6 metros de distância uma da outra, que os visitantes podem tentar andar entre elas com os olhos fechados. Alcançar a outra pedra com os olhos fechados significa encontrar o amor da sua vida ou amor verdadeiro. A pessoa pode ser ajudada na tarefa, mas isso significa que será preciso ter ajuda de alguém para o encontro acontecer.

Ainda num dos espaços do santuário encontramos a imagem da divindade Daikoku, um dos sete deuses da felicidade associado ao budismo. Dar um tapinha na sua imagem faz com que os pedidos feitos por meio de orações se tornem realidade.

De acordo com a crença popular, os caracteres chineses para Okuni também podem ser lidos como Daikoku, cimentando um sincronismo entre o Shintoismo e o Budismo. Dessa forma, de quebra, com apenas um tapinha, você consegue saúde e amor.

O complexo também oferece vários talismãs, incenso e omikuji (papéis da sorte).

Por fim, por apenas 200Y você pode escolher um Hitogata, que é uma figura estilizada num papel de seda. Nele você deve escrever seus problemas e depois colocá-lo na água, que eles vão embora. Os papéis, com certeza. Os problemas….

É só acreditar!!! Vale qualquer negócio para tentar a sorte. Pena que tudo isso só fiquei sabendo quando voltei para o Brasil. Podia, pelo menos, ter tentado passar de uma pedra para a outra. Kkkk. Nunca se sabe!

http://www.kiyomizudera.or.jp/en/

http://www.japan-guide.com/e/e3901.html